• capitulo 106 •

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Dagmar

Bazilho acelerava rápido enquanto tocava Jesus chorou - Racionais mc's.

Ele cantarolava enquanto eu olhava a gente sair da favela. Passamos pela gávea, lagoa e humaitá, ai dim chegamos em Botafogo.

O carro foi parando na frente de um cartório, eu fui forçando a vista e logo avistei os povo da favela.

Eu olhei pro Bazilho e ele tirou do bolso uma caixinha e abriu.

— Casa comigo agora? - Ele disse sorrindo.

Comecei a tremer, eu sorri abraçando ele.

— Não to acreditando Bazilho! - Falei segurando pra não chorar.

— Bora! - Ele disse saindo do carro.

Eu fui saindo do carro e logo já começaram a gritar batendo palmas.

Chegamos perto deles e...

— Eu to tão emocionado de tu tá casando cara, trouxe um rolo de papel higiênico pra dividir com o Orelha! - Curió dizia com o rolo de papel higiênico na mão.

— Não to acreditando nisso tudo, como todo mundo sabia e eu não sabia! - Falei e logo meus olhos pararam na Cecília. - Biscate, você disse que era churrasco que ia! - Falei.

— E eu não menti, depois vou mesmo! - Ela disse rindo e puxando Tsunami pra dentro.

Fomos entrando, e não demorou muito pra começar com aquele juíz falando coisas enquanto o escrevente escrevia tudo.

O juíz começou falando uma frase:

Para um casamento: sabedoria, cumplicidade, amor, respeito, e realizações. A partir de agora o mundo não é mais apenas uma promessa, é o sonho dividido a dois.

De hoje em dia teus laços estaram entrelaçados... Você recebe como tua esposa, Dagmar Gabriele Pereira Da Costa? - O juíz disse.

Todos olharam pro Bazilho. Ele olhou a todos em volta e me encarou sorrindo.

— Recebo como minha mulher pro resto de nossas vidas! - Falei colocando a aliança no dedo dela e dando um beijo em cima.

— Ô porra, me da o papel higiênico! - Curió dizia.

O juíz segurou e risada e me olhou.

— E você? Recebe como teu esposo, Bartolomeu De Lima Gonçalves? - Juíz perguntou e eu assenti.

— Eu aceito como meu esposo! - Falei sorrindo e colocando a aliança no dedo dele.

Eu depositei um beijo sobre a aliança e sorri vendo Bazilho sorrir pra mim.

— As testemunhas! - O juiz disse.

Eu olhei em volta, nem tinha lembrado.

— Pra mim eu escolhi Marcola e a Miriã! - Bazilho cochichou no meu ouvido.

Eu assenti e encarei todos.

— Todos são importantes pra mim, cada um de vocês fazem parte da minha história. Mas eu queria que a Cecília e Curió fossem! - Falei vendo Curió catarrar no papel higiênico.

— Nossa que momento lindo porra! - Ele dizia enxugando as lágrimas com o mesmo papel.

Ele foi o primeiro a ir a assinar.

Pensa em uma alegria.

Cecília veio assinou, e logo Marcola e Miriã também assinou.

— Como diz a igreja, eu os declaro, marido e mulher! - O Juiz disse rindo. - Beija logo tua mulher homem! - Ele disse rindo.

*****

Chegamos na favela, fomos direto pra casa dos meus pais, eu tirei aquele salto, coloquei meu chinelo e já fiz um coque.

Eles tinham preparado um churrasco, convidou as pessoas que eu e Bazilho era chegada.

Se fosse pelas pessoas que eu sou achegada, daria uns dois três, mas Bazilho...

Bazilho é povão, fala com todo mundo.

Tinha meio mundo ali comendo e sambando ao som de Beth Carvalho.

Eu senti me abraçarem e era Curió.

— Pô parabéns aê, fiquei felizão por vocês. - Curió disse e Bazilho logo chegou perto. - Eu vi essa menina nascer e crescer, se tu machucar a menina, tu acorda com a boca cheio de formiga! - Ele disse sério e logo começou a gargalhar. - Eu amo vocês! - Ele disse abraçando a gente e saindo.

Curió era uma das melhores pessoas que eu tinha na minha vida.

— Eu amo tanto você, você nem imagina! - Bazilho disse beijando minha testa.

— Obrigada por me fazer tão feliz, agora em diante vamos ser nós três pra sempre! - Falei sorrindo.

aperta na estrelinha •

Seja você, não mude pelos outros! ❤️

LibertinagemOnde histórias criam vida. Descubra agora