• capitulo 109 •

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Cecília

5 meses depois...

Me casei simplesinho com Tsunami, no cartório e depois um almoço. Nada demais mesmo.

Eu bati o maior papo com ele, que eu queria casar antes do Patrick nascer. E por fim, casamos.

Eu tinha entrado na casa dos nove meses, eu tava com o pé inchado, minhas costas doloridas e meus peitos pesando...

— Eu vou chamar tua mãe aqui. Olha o jeito que tu tá Cecília! - Tsunami disse.

Eu me virei olhando no espelho e encarei o quanto eu tava acabada.

— Não to morta! - Falei indo pra cozinha.

Eu não parava de comer por estar ansiosa. Era o dia todo se empanturrando de comida.

— Não tá morta, mas tá quase ganhando a criança! - Tsunami disse vindo atrás e eu nem dei corda.

Eu peguei três bananas e fui pra sala me deitando no sofá.

— Tchau, bom trabalho! - Falei no deboche.

Ele saiu de casa e eu comecei a assistir as notícias do rio.

******

Eu tinha acabado de limpar a cozinha toda. Peguei o pacote de biscoito e fui caminhando até a minha cama. Eu tava ofegante já, cansada.

Claro né, eu precisava tá de repouso.

Só foi eu deitar na cama quando eu senti uma dor.

— Tá me zoando né? - Falei baixo relando na barriga.

Eu suspirei fundo e logo parou.

Eu comecei a comer o biscoito e logo senti a dor mais forte do que a primeira. Eu me sentei e comecei a me assustar.

— Não acredito! - Falei pegando meu celular e entrando no WhatsApp.

Eu comecei a sentir as dores mais forte. Eu apertei na primeira conversa e era a da Dag.

WhatsApp 📞

Eu: Pelo amor de Deus. Aonde você tá? Tem como vir aqui? - ( 11:28)

Não demorou muito e ela logo visualizou.

Dag: O QUE FOI? EU TO INDO AI! - ( 11:29)

WhatsApp 📞

Eu fui caminhando pra fora do quarto. Eu cheguei até a porta da sala e abri saindo pra fora.

Aquele ar bateu na minha cara, eu suspirei fundo fechando os olhos e logo senti aquela dor vir de novo.

— Qual foi? Tá passando mal? - Ouvi uma voz e abri os olhos vendo Sasi.

Glória Deus alguém.

Eu to tendo contrações, me ajuda! - Falei mordendo a boca.

Ele arregalou os olhos e peguei na mão dele apertando forte.

— Ai porra! - Ele disse gemendo baixo.

— Cecilia! - Ouvi a voz de Dagmar e encarei ela vindo com Thales no colo. - Cadê o Tsunami? - Ela perguntou chegando perto.

— Trabalhar... - Só consegui falar.

— Vai pegar um carro jumento, vai ficar parado ai com os olhos estralados? - Dagmar disse alto com Sasi que logo meteu o pé.

— Dag... - Falei.

Eu senti aquela água cair no meio das minhas pernas.

Ela olhou pro chão aonde eu olhava e se desesperou.

*****

Chegamos no postão, eu fui ser internada. Eu tava morrendo de medo, eu tremia.

Eu já estava na sala de cirurgia.

Eu teria que fazer cesariana, indicação do médico.

— Tá tudo bem com você? - O doutor disse chegando perto e eu assenti. - Eu vou estar aqui a todo momento, pode ficar tranquila Cecília! - Ele disse e eu assenti.

Ele voltou pra trás daquele pano e eu fechei os olhos.

— O pai da criança! - Ouvi a voz da enfermeira.

Eu senti aliviada. Logo Tsunami estava do meu lado.

— To aqui vida, to aqui! - Tsunami disse beijando minha testa.

Eu suspirei aliviada.

A cesaria foi indo, Tsunami falava comigo a todo momento.

Não demorou muito até ouvirmos o primeiro choro.

— Que lindo meninão! - O doutor disse.

Eu sorri sentindo as lágrimas correrem pelo meu rosto.

A enfermeira veio vindo com o bebê pra perto.

— Como eu amo você! - Falei baixinho dando um beijinho nele.

*****

Quando era umas oito da noite, eu já tava melhor. Patrick dormia no meu colo.

Ouvi a porta bater e logo vi a enfermeira.

— É o horário de visita, vou trazer... - Ela disse e eu assenti.

Comecei a acariciar Patrick e logo ouvi umas gritarias pelo corredor. Parecia briga.

Eu continuei intacta mas logo ouvi a porta abrir, eu encarei e era dali que vinha o barulho.

Entrou Marcola, Miriã, Curió, meus pais, Tsunami, Dagmar, Bazilho...

— Fala baixo! - Falei fechando a cara.

— A enfermeira disse que seria um por vez, e só dois podia ver. - Curió disse. - Tranquei ela no quartinho de limpeza! - Ele disse vindo. - Cadê o bonitão do titio Curió? - Ele disse vindo pegar.

— Todo mundo lavou a mão? Passou álcool? - Perguntei e todo mundo assentiu.

Eu entreguei a Curió e ele ficou lá falando igual um tonto com voz de criança.

Ai que começou a briga de quem ia carregar a criança.

Como eu amo essa galera.

• aperta na estrelinha •

Reta final...

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