• capitulo 61 •

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Cecília

Quando Tsunami me ligou pedindo pra se encontrar com ele, eu fui frenética, cheguei lá na casa dele e acabamos transando. Ele tava estranho, mas deixei isso de lado.

Quando eu comecei a me vestir, ele se vestiu rápido e começou a acender um baseado.

- Vou trazer minhas coisas pra cá! - Falei na maior inocência.

Na mesma hora Tsunami me encarou e negou com a cabeça.

- Melhor não... Teu pai tá na minha bota, tu não sabe os bangue que ocorreu lá! - Tsunami disse.

Dava pra ver, qualquer um que olhasse via os hematomas, o rosto inchado.

- Deixa o meu pai, ele não vai mais relar em você! - Falei firme.

- Cecília, guia pra tua goma, na boa mesmo, teu pai uma hora dessas deve tá no toque já que tu tá aqui! - Tsunami disse, eu neguei abraçando ele. - Melhor a gente terminar também! - Ele disse na maior tranquilidade.

Eu me afastei dele e olhei ele que me olhava sério.

- Você tá brincando? Olha tudo o que aconteceu, e você quer terminar? - Falei alto.

- Fala baixo porra! - Ele disse virando de costas. - Cecília vai! - Ele terminou falando.

Eu engoli seco e sai dali batendo portas.

Comecei a subir aquele morro pensando a merda que eu tinha feito.

Coloquei a mão no fogo por uma pessoa que no primeiro choque, saiu de perto.

Eu perdi a confiança de todos, TODOS.

Guiei pra casa e percebi que não tinha ninguém em casa. Eu fui direto pro banheiro. Tirei a roupa e entrei de baixo daquele chuveiro gelado.

Eu caguei em tudo e nas minhas escolhas.

******

Dagmar

Tava em casa terminando de organizar meu quarto. Eu estava pingando de tanto sono, eu tava pronta pra dormir quando bateram na porta do meu quarto, eu fui abrir e dei de cara com Cecília.

Cadê o senso? Onze da noite caralho.

- Posso entrar? - Cecilia perguntou baixo.

- Quer morar aqui também? - Falei dando espaço pra ela entrar.

Ela entrou e eu fechei a porta indo até ela.

- Fala logo por que eu tenho que acordar cedo amanhã pra trabalhar! - Falei cruzando os braços.

Ela sentou na minha cama e bufou.

- Vim te pedir desculpa... - Ela disse. - Eu errei de verdade contigo. Tu é aquela pessoa que cresceu comigo, tu sempre tava comigo nas boas e nas ruins! - Cecília disse.

- Caiu a real só agora foi? Por que se foi, tá tarde demais em mona, pelo amor! - Falei negando com a cabeça.

- Ele terminou! - Cecília disse firme. - O negócio estreitou pro lado dele e ele pulou pra fora, eu to cansada emocionalmente, eu botei tanta fé nele e deixei os de verdade pra trás! - Ela dizia com os olhos cheios de lágrima.

- Apoiei vocês, acho que fui até errada nisso. Agora você arque com tuas consequências! - Falei.

— Vai me dar as costas agora quando eu preciso de você? - Cecília perguntou.

Eu fui até a minha cama e deitei fazendo ela se levantar.

— Não, mas vê se aprende que as vezes entre uma amizade e um macho, fique com a amizade em algumas circunstâncias. - Falei fechando os olhos.

A luz foi apagada e logo senti ela se deitar atrás de mim. Tipo conchinha.

— Sai de trás inferno, não curto tua fruta não! - Falei me afastando dela.

Ela se levantou e ficou o maior silêncio, eu me virei pra trás e ela tava parada me olhando.

— O que tu quer Cecília? Quer que eu carregue você e fale que eu te desculpo? Tu que deve reconhecer teu erro e ir atrás de pedir desculpas pras negada daqui! - Falei. - Se tu quiser ir dormir aqui, pega o colchão aqui em baixo, tu sabe aonde tem tudo! - Falei e me virei fechando os olhos.

Ela ficou calada e foi pegando as coisas.

• aperta na estrelinha •

Uma ótima semana! ❤️

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