• capitulo 29 •

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Ellen

3 meses depois...

Dagmar ainda continuava em coma. Ela não dava sinal nenhum. Os médicos tentavam aconselhar pra que desligasse os aparelhos, mas que mãe que aceita isso? Eles diziam que ela estava virando vegetal.

Eu rezava todos os dias pra que minha menina fizesse algum sinal. Era todo dia a mesma coisa. Eu passava mais tempo no hospital que no apartamento.

Miriã tinha voltado com os meninos, ela sempre vinha me dar uma força no fim de semana. Eu ficava sozinha no hospital. A Cecília só vinha depois de sair da faculdade.

Ela sim foi amiga da Dag, tava todo dia falando como tava o dia, o céu e como tava a faculdade.

*****

Eu estava segurando na mão dela. A enfermeira tinha acabado de fazer a limpeza nela.

— Senhora Ellen? - Ouvi uma voz grossa e olhei vendo o médico.

— Oi Doutor... Como foi a noite dela hoje? - Perguntei.

Ele pegou a prancheta e começou a anotar algumas coisas.

— Os batimentos cardíacos abaixaram por alguns minutos, mas logo voltou ao normal... Senhora Ellen, não me leve a mal, mas seria melhor se desligasse, ela não vai sentir nenhuma dor! - O médico disse e eu neguei na mesma hora.

— Não! Isso eu não abro mão. - Falei firme.

Ele concordou suspirando e saiu.

Eu não abriria mão da Dagmar. Poxa vida, não é bem assim não.

Eu voltei pra perto dela e peguei na mão. Comecei a acariciar ela e suspirei mordendo a boca.

O choro sempre vinha.

— Ai minha menina... Se eu pudesse eu teria te colocado em um potinho, pra você nunca sofrer nenhuma maldade desse mundo. Eu só queria que você fosse forte agora, como você foi forte pra se assumir, pra você mostrar quem você era! - Suspirei beijando a bochecha dela. - Me pergunto todos os dias se você me ouve... Me da algum sinal... Da um sinal pra mamãe! - Falei sentindo minha lágrima escorrer e cair perto do travesseiro dela.

Eu encostei minha cabeça na dela e fechei os olhos.

Já iria dar uma hora que eu estava lá. Eu beijei a testa dela e logo senti um leve aperto na mão.

Eu na mesma hora levantei a cabeça e olhei Dagmar, ela continuava do mesmo jeito.

Senti novamente e arregalei os olhos tremendo.

— Enfermeira! - Falei um pouco alto encarando ela.

Ela veio na mesma hora.

— O que houve? - Ela perguntou indo do outro lado.

— Ela aperto a minha mão! - Falei.

— As vezes é espasmo! - Ela disse calmamente.

Eu soltei da mão de Dag. E neguei.

Logo Dag começou a mexer levemente seus dedos das mãos. A enfermeira ficou encarando e logo saiu rapidinho.

Logo me volta, ela e o sonso do médico.

— Ela começou os movimentos? - O médico perguntou.

Eu assenti.

Ele foi ver os olhos dela.

— Oi Dagmar, é o Doutor Alexandre, eu preciso que você me de algum sinal se está ouvindo nós... - O doutor disse pegando na mão dela.

Ela deu aquela mesma apertada na mão dele, e ele na mesma hora falou algo no ouvido da enfermeira. Ela saiu e ele foi até os pés dela.

— Dagmar, você consegue mover algo do teu pé? - Doutor perguntou tirando a coberta de cima do pé dela.

O doutor passou a mão pelo pé todo e quando ele chegou no dedão do pé, ela mexeu.

A enfermeira veio e foi pegando as coisas do soro.

— Tá pronto lá doutor! - A enfermeira disse.

Ele assentiu e chegou perto de mim.

— Vamos fazer uma tomografia, precisamos ver! - O médico disse e eu concordei.

Eu dei um beijo na Dagmar e sorri.

— Tu tá conseguindo meu amor, força! - Falei acariciando ela.

Eu sai dali rezando pra que desse tudo certo.

• aperta na estrelinha •

Oi meus loves , eu peço desculpas por esses tempos que eu não estava tão ativa aqui. Eu estava passando em um momento complicado, e hoje eu perdi uma pessoa muito importante da minha vida. Eu não estou bem por agora. Eu prometo voltar essa semana ainda com capítulos novos. Eu espero que vocês entendam. Fiquem com Deus, muita luz pra vocês, se cuidem!



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