• capitulo 51 •

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Dagmar

1 semana depois...

Fazia uma semana e nada de Cecília.

Tentaram hackear o celular do Tsunami mas não dava sinal. O da Cecília tinha ficado comigo.

Deixei de canto toda essa história, até por que eles meteram o pé pra der feliz.

Eu fui bem que me preocupar com o meu emprego, fui chamada pra uma entrevista e uns dois dias depois eles deram a resposta que era meu.

Era uma das empresas com nome forte aqui no Rio. Era feito os vestidos e mandados para fora do Brasil.

Resumindo, uma enorme responsa pra mim. Eu tinha que desenhar o que era pedido e ir pro lado da produção pra escolher os modelos, tecidos e detalhes mínimos.

Ajudava a costurar.

Aliás, fazia um pouco de tudo.

Se eu quisesse ser o que eu sonhava, eu teria que fazer um pouco de tudo ali no momento.

O que eu queria mesmo era abrir a minha empresa. Mas isso era com o tempo.

*****

Eu trabalhei o dia todinho, fiquei até um pouco mais tarde, minha costa tava fodida já.

Sai do meu trabalho e fui caminhando até uma rua aonde meu Uber me esperava. Eu entrei e fomos indo, eu mexia no meu celular até do nada ele frear com tudo. Eu olhei com tudo e tinha algumas bopes atrás de algo.

— Santo Deus, que maluquice isso, qual é do babado dessa vez em? - Falei voltando a atenção pro meu celular.

— Perseguição de um cara ai, tava passando na tv! - O Uber disse.

Dei de ombros e senti minha reta. Ele me deixou na frente da favela, eu paguei e desci.

Encarei e tinha mais vapor ali...

Só faltava o babado ser aqui!

Fui caminhando olhando pra todos os lados e de costume meu pai estava ali me esperando.

— Bora! - Ele disse pegando na minha mão e caminhando rápido.

— O que tá acontecendo? - Perguntei confusa.

O rádio do meu pai começou a tocar.

— Orelha? Aonde tu tá, mete o pé rápido pra boca! - Marcola dizia.

— To guiando porra! - Meu pai disse e começou a correr.

Eu comecei a subir aquele lugar correndo sem entender nada. Meu pai me deixou na frente de casa e eu entrei dando de cara com minha mãe.

— O que tá acontecendo? - Perguntei.

Minha mãe me puxou com tudo pro quarto e trancou.

— Bope vai entrar com os federais! - Minha mãe dizia tremendo.

Eu joguei a bolsa na cama e passei a mão no rosto.

— A bope sempre entra, o que os federais vai vir? Marcola não paga pra eles não? - Perguntei.

— Eles querem a cabeça do Tsunami, Tsunami entrou em uma agência, meteu tiro em todo mundo, pegou o dinheiro e vazou. - Minha mãe disse.

— E o que a Rocinha tem haver? - Perguntei.

— Cecília tava junto. Tsunami avisou Marcola que vai entrar na rocinha com Cecília, prometeu, é o que Marcola quer. Eles tão atrás do Tsunami! - Minha mãe disse. - E você sabe, a primeira oportunidade que eles tiverem de pegar a cabeça do Marcola eles pegam! - Ela terminou de dizer.

Tomar no cu, Tsunami não sabe nem fazer merda certo!

Eu me sentei na cama e peguei meu celular.

WhatsApp 📞
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+55 21 xxxx-xxxx: Ia dar um beijinho na boneca, mais vi que o sogrão tava junto pô. - ( 18:27)

+55 21 xxxx-xxxx: Se cuida . - ( 18:35)

Eu: Quem precisa se cuidar é você, tem que ficar inteirinho em, pelo amor... Juro que te dou uma recompensa! 🤫 - ( 18:41)

Bazilho: Tu tá me atentando lazarenta, eu deixo o bagulho aqui e vou agora em... - (18:42)

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Bloqueei a tela e suspirei. Desde que a gente tinha transado, não rolou mais nada. Eu tava com a minha correria do trabalho.

Mais um que só vai servir pra sentar.

— Só espero que ninguém deles morra, dessa vez o negócio é sério! - Falei negando com a cabeça.

— To com sensação, e não é boa! - Minha mãe dizia abanando.

Deus é mais!

• aperta na estrelinha •

Que sua semana brilhe igual a você! 🌠


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