• capitulo 75 •

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Dagmar

Encarei aquele teto cheio de bolor e Fechei os olhos sentindo vontade de fazer xixi.

— Xixi! - Resmunguei.

Eu abri os olhos e encarei ao meu redor.

Cadê a enfermeira?

Olhei pros lados e não tinha nenhum botão.

— Eu quero fazer xixi carambaaa! - Tentei falar alto, mas minha voz tava fraca demais.

Essas horas um pinto faria bem, só tacar pro lado e lá vai chuva de mijo.

Eu não tava aguentando, eu comecei a fazer xixi ali mesmo e quando terminei a porta foi aberta.

— Não acredito! - Falei fechando os olhos.

A enfermeira tava entrando.

— Oi Dagmar, como você tá? - Ela perguntou vendo meu soro e logo começou a me encarar. - Que cheiro é esse? - Ela perguntou tirando aquele lençol em cima de mim.

— Ninguém veio aqui me ajudar a mijar, eu só queria fazer um xixizinho! - Falei.

Ela ficou muito sem graça...

— Me desculpa, tem um paciente com transtornos mentais e a gente tá em cima dele, ele é meio difícil! - Ela disse e eu concordei.

Ela começou a ajeitar as coisas.

— Vou chamar uma enfermeira pra me ajudar... - Ela disse e eu virei a cara sentindo uma dorzinha.

Ela saiu e logo voltou com a outra enfermeira. Elas me ajudaram a tomar banho e quando eu voltei pra cama, elas já tinham trocado tudo. Eu me deitei com o maior cuidado.

— Logo vem a janta, daqui a pouco eu passo aqui, tudo bem? - Uma das enfermeiras disse e eu concordei.

Elas saíram e eu fechei meus olhos, começou a vir aqueles flashes, comecei a lembrar e abri os olhos com tudo.

Como posso ser tão forte ainda?

****

2 semanas depois...

E lá estava eu encarando o médico assinar a minha alta. Eu tava morta de sono e bem puta.

Nessas duas semanas que eu estava acordada, eu vi quem veio e quem não veio. Veio todos, menos Bazilho e Cecília.

Dois filhos da puta.

E quando mandei mensagem pro Bazilho ele só visualizou e saiu.

Ele que se foda também.

Eu quase morro por ele e na hora de visitar eu, não vem, esquece...

— Vamos? - Meu pai disse chegando com a cadeira de rodas.

— Eu não to alejada não! - Falei.

Ele me olhou feio e eu me sentei rapidinho.

Ele foi me empurrando, eu comecei a ler aquele papel e não tava entendendo nada com nada.

— Não sei pra que essa letra, parece que escreveu com o cu! - Reclamei.

— Olha a boca porra! - Minha mãe disse e eu revirei os olhos.

LibertinagemOnde histórias criam vida. Descubra agora