• capitulo 15 •

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Dagmar

Alguns meses depois...

Eu enfiei a maioria das minhas roupas em três malas enormes.

— Tu tem certeza? - Ouvi a voz do meu pai.

Eu olhei pra trás e assenti.

— Sim, eu to indo atrás do meu sonho. Me formar em moda, ser estilista e tirar esse sangue ruim de tráfico! - Falei rindo.

Ele riu negando e me abraçou.

— Tu sabe, que qualquer papo tu manda um rádio que até de jatinho a gente cola pra lá em?! - Meu pai disse me apertando rindo.

Ele ria mas eu sabia que era verdade.

— Eu te amo, eu agradeço por você cuidar de mim e me aceitar! - Falei.

— Minha obrigação, pra mim tu é minha menor pô! - Meu pai disse beijando minha testa e saindo.

Eu vesti minha calça jeans, meu tênis e uma blusa qualquer. Eu fui levando minhas malas até a sala e meu pai veio ajudar.

— O caralho de menina viu, tem certeza que quer ir? Eu não tenho coração forte Dagmar! - Minha mãe disse e eh abracei.

— Sai mulher, eu vou, a gente vai conversar todo dia! - Falei beijando a testa dela.

Ela me deu um tapa na bunda e eu ri. Eu me despedi do meu irmão e fui saindo de casa. Não seria ninguém do morro que iria nos levar. A gente optou por ir de avião, seria bem mais rápido.

Meu pai enfiou minhas malas no carro e eu fiquei encarando Cecília vir com aquela rempa de gente.

— Ê caralha! - Gritei rodando.

— Chegou a mais gata e poderosa! - Cecília disse me abraçando.

*****

A gente foi, pegamos o vôo das oito da manhã, chegamos em são Paulo as nove e meia da manhã. Guiamos pro ap que a gente tinha alugado, no começo o Marcola e meu pai iria pagar tudo, depois combinamos que eu e Cecília ia atrás. A gente precisava saber o quanto difícil a vida era.

— Pelo menos vem imobiliado o ap. - Cecília disse.

Eu fui andando ver cada parte do apartamento.

Tem sacada. Meu sonho de transar!

Eu me sentei no sofá e suspirei.

Uma da tarde a gente precisava terminar de assinar alguns papéis da faculdade, e ir conhecer. Eu estava cansada, tinha acordado cedo demais.

Deitei naquele sofá e capotei legal. Quando vi a lambisgoia da Cecília tava me cutucando.

— Vamo cacete, já é quase uma hora! - Cecília disse toda arrumada.

— Arrumada assim pra ir assinar papel? - Falei me levantando e negando.

Ela deu de ombros e foi descendo.

Eu fui correndo escovar os dentes e desci. Ela tinha chamado um Uber, a gente entrou e depois de uns vinte minutos a gente tava lá. A gente guiou pra dentro, foi la parte da recepção, a gente fez tudo o que tinha fazer e fomos fazer aquele tour pelo lugar.

— Eu to pensando em fazer a cirurgia de redesignação sexual pelo sus! - Falei cortando o silêncio.

— Vai fazer quando? - Cecília perguntou.

— Nas férias do final do ano. E depois de um tempo eu vou colocar silicone! - Falei.

— Te dou a maior força, vai ficar um arraso! - Cecília disse batendo na minha bunda.

Eu abracei ela e entramos na biblioteca.

• aperta na estrelinha •

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