• capitulo 64 •

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Bazilho

Tava na cota já né.

— Precisava bater um papo contigo Orelha! - Falei.

— Não vão meter o pé igual Tsunami e Cecilia né? - Orelha arqueou a sobrancelha.

Neguei com a cabeça.

— Minha vida é aqui na rocinha pô, não quero fugir dessas parada não, to aqui na humildade te pedindo uma liberação com a Dagmar. - Falei.

Dagmar fez um barulhinho, eu olhei pra ela e ela tava segurando pra não rir.

— O papo contigo nois bate depois lá na boca amanhã! - Orelha disse. - Tu, a gente bate o papo em goma! - Ele disse apontando pra Dag.

Eu abaixei a cabeça e ele subiu de volta. Eu virei pra Dagmar e ela começou a rir alto.

— Ficou com medinho! - Ela disse me zombando.

Eu comecei a descer a escada e ela veio vindo atrás.

— Tu viu o estado do Tsunami? - Falei e ela assentiu.

O mano tava destruído.

— Eu vou bater um papo com ele amanhã! - Dagmar disse.

— Deixa que eu dou um toque nele! - Falei e ela negou.

E vai contrariar mulher?

Ela foi andando no meio da multidão e eu fiquei encarando aquele fervo.

Voltei de volta pro camarote e recebi olhares de todos.

Orelha ficou me encarando enquanto falava algo pro Marcola. Eu voltei pra onde eu tava sentado e logo veio Eduarda.

— Tá falando sério que ela é a mina que tu tá apaixonadinho? Af! - Eduarda disse revirando os olhos.

Minha mãe mandou ela pra cá sabendo que eu era mais firme com ela.

Mas quem disse que eu consigo? Sou muito mole com Eduarda, a mina caga na minha boca e eu to pouco me fodendo. Pedi tanto que Deus me desse uma irmã, e ele acabou entendendo errado e me deu uma capivara.

— Quem tem que gostar dela é eu, não tu! - Falei tomando um gole de cerveja.

— Você viu que ela tem gogó? - Eduarda disse tampando a boca e rindo.

Nunca me referi Dagmar como trans, sempre foi como mulher, por é como ela quer ser vista e como ela é.

— E tua noção? Tá enfiado no teu cu Eduarda? Vai se foder porra! - Falei fechando a cara.

Ela saiu de perto e eu fiquei encarando ela ir até a barraca de bebidas.

Logo encosta do meu lado Sasi.

Eu e ele nem era de papo, conhecia a caminhada do cara, mas nem tchum.

— Tem isqueiro? - Sasi perguntou.

Ele tava sentado meu agitadão.

Eu entreguei e ele logo bolou um baseado.

Aquelas meninadas tudo vinha se jogando, eu logo cortava. Orelha me fitava de longe enquanto fumava seu cigarro.

Sogro tava de olho, qualquer deslize meu pote rolava.

Tá com a Dag? - Sasi perguntou.

Eu olhei pra ele e concordei com a cabeça.

— Gente boa ela! - Sasi disse soltando a fumaça.

Eu encarei ele com os olhos estreitos e já me toquei.

Já se envolveu com ela...

— Firmona ela, fechou legal comigo quando eu tava hospitalizado! - Falei virando o rosto.

— To ligado o jeito que ela é. Mina firmeza mesmo! - Sasi disse e me entregou o isqueiro.

Eu peguei e me levantei indo até a grade. Encarei lá em baixo e tava aquela multidão, rodei meus olhos procurando e logo achei Dagmar e Cecilia limpando o chão do lugar, de tanto que descia até o chão.

— Tu que faça qualquer b.o com minha cria, que eu não sou igual Marcola não, te meto o pipoco e nem da tempo de tu fica ai viciado em crack não! - Ouvi uma voz e encarei pro lado vendo Orelha olhar o mesmo canto que eu tava olhando.

Bichão é doido em!

• aperta na estrelinha •

Nunca mude o que te faz raro! ✨

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