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— Alvo a 30° a noroeste. – A sniper de cabelos loiros prateados diz no rádio, enquanto mantem um olho atento na mira da arma. – Permissão para atirar.

— Permissão concedida! – A capitã da a autorização, se mantendo escondida atrás dos entulhos.

— Novo alvo encontrado. 15° a sudoeste a partir do marco 0. – Henry, prepara o fuzil frente ao corpo.

      O rapaz tinha 25 anos, militar condecorado pelo governo. Orgulho dos pais assim como os irmãos e amigos, que considerava primos. A união de suas famílias era de longa data, se iniciou muito antes de sua mãe entrar para o comando especial ou conhecer Jackie, mas a amizade se intensificou com a chegada dela. Eles não tinham segredos em sua família, sabiam tudo a respeito do experimento X. Bom, tudo que estava visível aos seus olhos.

     O rapaz era bonito, mesmo que naquele momento a poeira do terreno abandonado e destruído ofuscasse um pouco seu charme, seu físico atlético e bem treinado, olhos castanhos esverdeados como os da mãe, seus traços de sua face era mesclados, o que era difícil decidir se ele havia herdado mais de Beatrice ou de Jackie.

   O uniforme fazia grande sucesso com as mulheres, mas ele aprendeu a agir como o pai. Era sério, porém o humor tangível da mãe, que sempre levava tudo com mais humor o fazia ainda mais conquistador.

  Assim que Any dispara com a sniper no primeiro alvo, mais do que depressa se põem ereto, com o fuzil mirado com precisão e carregado, o disparo é certeiro, dando fim a missão.

     Respira fundo, ainda mantendo a arma levantada por precaução.

— Você está bem? – Ísis pergunta se aproximando, e batendo no ombro do irmão caçula. – Essa missão foi puxada. Bom trabalho. Foi um ótimo tiro.

— Valeu. – Henry limpa o suor da testa e sorri ladino. – Vamos para casa. Eu não aguento mais essa poeira...

— Isso me lembra aquela história da mamãe no deserto. – Jennie diz rindo baixo. – Tio Ray diz que ela estava para surtar por causa da areia.

— A velha e boa competição entre Jackie Evans e Beatrice Willians. – Simon comenta retirando o óculos de sol. – Quantas vezes escutamos essa história?

— Pelo menos umas 5 vezes anualmente. – Any diz rindo pelo rádio.

***

     Ao desembarcaram do helicóptero na base, o grupo relaxa, sentindo a brisa da tarde fria a lhes refrescar. Eles arrastam os pés pelo cansaço, carregando as mochilas em seus ombros junto do suor de seus corpos.

      O local permaneceu o mesmo, com a velha estalagem, a cozinha separada, o poste ao centro do pátio fazendo a fraca iluminação.

— Eu ainda me lembro quando esse lugar foi reformado. – Jennie comenta tranquila deixando a mochila no chão, vendo o olhar de Henry no poste com alguns insetos a voar próximo a luz.

— Talvez você e Isis tenham pegado a melhor fase desse lugar. – Henry questiona cansado e um pouco mal humorado.

— Bom, eram memórias de quando éramos crianças. Óbvio que tudo era mágico aqui. – Ísis suspira pesadamente.

— " Apenas demorem crianças, apenas demorem..."  – Jennie balança a cabeça em negativa rindo.

   A irmã mais velha agora adulta entendia de tal comentário.

    A porta do centro médico abre, e Beatrice e Jhon conversavam tranquilos. Ela sorri e acena, aproximando do grupo.

— Vocês estão melhorando bastante no tempo. – Beatrice comenta sorridente, seus fios negros ja tem bastantes grisalhos, seu rosto já havia algumas rugas bem notáveis, mas seu olhar continuava alegre.

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