Decodificação

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   Avril circulava seu indicador no peitoral de Henry enquanto encarava a aliança dourada em seu anelar. Ela sorriu sutilmente e subiu o olhar para encarar o rosto do marido, que ainda não conseguia parar de sorrir.

Henry abaixou o olhar encarando Avril, alisou seu rosto, passando alguns fios negros para atrás da orelha.

— O que está passando em sua cabeça?

— Estava me lembrando do começo. Você parado na porta daquela boate alemã. Fazendo pirraça na minha porta... Há tantas lembranças, boas e ruins.

— Passamos por muita coisa. Eu nunca vou esquecer do seu olhar em mim, daquele seu jeito bruto e ao mesmo tempo delicado. Eu ja tinha meus olhos em você antes mesmo de falar contigo pela primeira vez.

— Então quer dizer que você tem uma queda por morenas de olhos azuis? _ Avril riu baixo e Henry desviou o olhar de jeito fofo e corou.

— Você ouviu... Bom, eu adquiri essa preferência o dia em que trabalhamos juntos na Alemanha. Eu estava me referindo especificadamente a você... _ Henry sussurrou.

O barulho das ondas do mar se chocando na praia puderam ser ouvidas da casa. O casal escolheu as maldivas para sua lua de mel, e Avril fez questão de alugar todo o hotel na praia paradisíaca para somente os dois e mais ninguém.

— Eu gostei de você, só não queria transparecer. Você me tirava do sério e me fazia rir internamente de suas gracinhas. Bom, além de um ótimo militar, você malditamente amava me roubar alguma coisa...

— E eu roubei você para mim. _ Henry balançou as sobrancelhas malicioso. _ Está quente aqui.

— Quer dar uma volta?

— Seria bom, se você for comigo. Não quero me separar de você nem um pouquinho.

Avril saiu da cama espreguiçando. Henry observou os detalhes das costas, ombros e quadril e quando ela se levantou pegando a camisa que Henry usou no casamento, a vestiu,  sorriu enquanto a observava abotoar botão por botão.

Henry a olhou ternamente, ainda sem sair da cama.

— Eu não disse antes, mas ..._ Avril deixou um decote desleixado e encarou o marido ainda deitado de forma relaxada na cama. _ Você estava tão bonito. Querido, acho que estou aliviada.

— Aliviada?

— Sim. Parei para pensar, e sabe... Nenhuma outra mulher vai desfrutar de ver você correndo sem sua camiseta todas as manhãs. Somente eu vou poder aproveitar isso...

— Princesa, o meu corpo, coração e alma são seus. Aprecie o quanto quiser, desfrute, use e abuse desse corpo, não tenho nenhuma objeção.

Avril riu fazendo seu peito vibrar.

— Vamos.

— Você vai assim? _ Henry olhou para a camiseta e Avril concordou.

    Henry saiu da cama e vestiu uma calça de moletom. Não se preocupou com chinelas ou outras coisas. Abraçados de lado, caminharam pela praia paradisíaca.

  Como eram os únicos, estavam a vontade para conversar sobre qualquer coisa.

— Princesa...

— Sim meu mafioso metido a gostosão.

— Você mudou o meu apelido?

— Você não é mais um militar.

— Mas eu gostava dele. Gostei desse também.

   Avril se aconhegou mais perto quando a brisa marítima chocou em seus corpos. A areia branca fazia cócegas em seus pés.

— Henry..._ o tom de voz que mudou, tornando sedutor fez Henry arrepiar. Encarou a esposa de solaio a vendo com um olhar brilhante e um sorriso malicioso.