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Deitada na cama ao lado de Jason que ja havia dormido, ela acariciava cuidadosamente os cabelos lisos e escuros do pequeno.

Avril observou o rosto sereno e respiração tranquila. Enquanto isso, seus olhos transmitam ternura, amor e até mesmo saudade. Encontrar Henry foi um grande choque.

' Você se parece com seu pai. Isso é inegável...'

Avril sorriu triste e deixou uma lágrima escapar por seus olhos. Ela se levantou com cuidado e enxugou as lágrimas.

Na sala a baba ja havia chegado. A maioria dos assuntos da máfia tinha resolução durante a noite. Então era raro encontrar Avril dormindo. Seu horário era entre as três da manhã até as oito. Ele se esforçava ao máximo para ter tempo para o filho.

Tomou um banho relaxante, encarando os azulejos da parede.

Por mais que ela quisesse ve-lo novamente, negava isso a si mesma, a lembrando de quem Henry era. Um traidor!

Se trocou e saiu deixando seu filho seguro a dormir.

No galpão, se jogou em sua poltrona olhando alguns documentos. Não demorou para entrar em reuniões exaustivas. Mas o que a deixou mais aflita era que dois dias depois daquele encontro, teve que fazer as malas e viajar para o exterior. Ela não podia levar seu filho, era perigoso. Então Mathew ficou para cuidar de Jason.

O gangster recebeu ordens claras para protegê-lo e mante-lo longe de Henry caso ele aparecesse.

Mathew havia o levado então para a mansão dos avós, eles se divertiram com o menino e quando ja era tarde, os dois voltaram para casa.

No caminho, Mathew notou uma movimentação estranha nas ruas. Três carros o perseguiam, notando isso, ficou tenso no volante e olhou para o pequeno ainda acordado, mas quieto na cadeirinha.

Mathew acelarou, ultrapassando carros, tentando despista-los a todo custo. Quando viu o sinaleiro, sentiu seu estômago congelar. Havia muitos carros a frente, e o espaço era curto. Para sua surpresa havia uma moto conhecida a frente, sem opção, Mathew rezou que Avril nao descobrisse o que ele estava prestes a fazer. O motoqueiro olhou para trás vendo a buzina interminável. Ele reconheceu a pessoa e tentou fazer a moto voltar indo pela calçada.

— Mathew?

— Escute! Preciso de um favor! Você me deve isso!_ disse tão rápido e afobado que Henry ficou alerta.

— Tudo bem! Diga! _ Henry estava ciente da dívida.

Mathew puxou o freio de mão abruptamente e se jogou entre a brecha dos bancos da frente, soltando Jason da cadeirinha. E o entregou pela janela para Henry.

— Cuide dele como fosse seu filho! _ So então depois de dizer isso, Mathew se arrependeu, mas ja era tarde.

Um tiro acertou a traseira do carro fazendo os três se encolherem.

— Eu o busco depois! Apenas o mantenha seguro! Me mande mensagem! Meu número é o mesmo.

Henry foi rápido em sentar o pequeno na sua frente e ordenou que ele se segurasse bem firme e não o soltasse. Rapidamente ele desapareceu com o menino.

Mathew então agiu, jogando o carro no acostamento e subindo na calçada.

Logo tiros e perseguição se iniciou.

Jason segurou firme agarrado na cintura de Henry, com o rosto escondido no pditoral no pai devido ao vento frio da noite. Henry no entanto, estava preocupado com a segurança do pequeno e estava sempre atento se não estava sendo seguido.

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