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   O corpo de Maick foi cremado. Por medidas de segurança extrema todos os Bradson foram evacuados para a Colômbia.

Diante do mar, Avril segurava a mão de Jason, ele ainda não entendia o motivo do semblante abatido da mãe.

Ela o soltou e o observou correr e pegar algumas conchinhas. Ela precisava manter seu filho em segurança, precisava de medidas extremas para isso. Temia em manda-lo sozinho para a Alemanha, mas ele também não estaria seguro lá.

***

Quando o carro estacionou próximo ao chafariz, a porta se abriu e um homem ja de idade vestido em sua farda, suas medalhas de mérito expostas em seu peito, desce e olha ao redor estupefato.

Jackie achava Beatrice rica, mas agora percebeu que havia um patamar de vida que talvez até mesmo a própria se sentiria pobre.

Mathew abriu a porta da mansão, esperando por Jackie que veio em passos tranquilos. Dentro do carro, Henry teve que esperar, ele temia não ter autorização para pisar novamente dentro daquela casa.

Jackie o olhou na porta de relance e entrou. Guiado pelo gigantesco espaço, olhando a tapeçaria, o lustre, a decoração luxuosa, quadros famosos... O militar tentou se sentir menos miserável, mas estava feliz, por ser convidado de forma tão humilde. Os Bradson não eram soberbos ou arrogantes.

Marco estava de pé o esperando, ja fazia muitos anos desde que trocaram algumas palavras.

— Olá Jackie! Seja bem-vindo a Colômbia!

— Obrigado Marco! Eu já estive aqui, ja faz muito tempo, havia me esquecido do quanto a Colômbia é bonita...

— Deseja algo? Para beber?

— Não obrigado... _ Jackie negou educadamente e Marco acenou para o confortável e luxuoso sofá. Jackie ajeitou a farda ao sentar. _ O que aconteceu?

— A três noites atrás, meu melhor amigo foi morto covardemente!_ Marco sussurrou rancoroso. _ Poderia ter sido minha filha...

Jackie fechou o cenho com a informação.

— Avril está bem?

— Sim! Conseguiram a tirar antes que fosse ferida ou coisa pior. Mas o motivo pelo qual o chamei..._ Marco fez uma pausa, abaixou a cabeça por alguns segundos. _ Vão tentar os matar também...

Jackie encarou as próprias mãos juntas apoiadas nas pernas.

— Eu imaginei. Apollo nos contou... Alguém revirando tudo sobre os Cod-X, talvez um novo ... Nunca pensei que um pudesse se virar contra os outros. Eu nunca vi você ou sua esposa como uma ameaça, não tivemos muito contato, mas... Não é a mesma coisa.

— Eu penso o mesmo!

— Eu gostaria de ver Jason. Me avisaram que todos os Bradson estavam aqui.

Marco acenou para o comentário.

— Ele está na praia agora. Está com Avril... Ela o leva lá todos os dias desde que chegaram. Maick costumava fazer isso quando ela era pequena. Em breve estarão aqui....

— Tudo bem! Eu trouxe um recado de Apollo. _ Jackie retirou uma carta a punho do bolso da farda e estendeu para Marco que a pegou com atenção.

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Um carro blindado passou pelos portões, Henry viu o momento exato quando a mulher ja de idade desceu do banco do passageiro e falou com um segurança. Ela o olhou, parada e quieta, Henry não podia dizer o que poderia estar passando na cabeça dela.

— Olá senhora Bradson...

— Olá pirralho! _ ela disse friamente. Mas Ashy não tinha ressentimentos quanto a Henry, ela estava áspera pela perda de um velho amigo. _ Avril não está aqui! Ela está na praia.

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