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Mathew estava sentado no sofá esperando Henry despertar após perder a consciência. O rapaz tinha o rosto inchado e manchado por sangue seco. Além do curativo na testa da pancada no carro.

Ja era manhã, um pouco mais das nove quando o telefone do gangster tocou.

— Sim...

— Onde está Avril? _ Marco perguntou preocupado.

— Ela não voltou para casa ainda?_ Mathew estava agora ainda mais preocupado.

— Você deveria estar com ela! Onde você está?

Mathew olhou de solaio para Henry na cama.

— Estava resolvendo alguns assuntos. Eu vou procurar por ela agora!  Se ela chegar, me avise.

— Tudo bem! _ Marco desligou sem mais delongas.

— Merda! Onde você se meteu?

    Mathew discou o número de Avril, mas a ligação chamou até cair na caixa postal. Tentou novamente inúmeras vezes, mas ninguém atendia.

Tropeçando nas próprias pernas, a dupla caminhava pelas ruas. O braço de Tristan por cima do ombro da garota enquanto a dela estava ao redor da cintura do rapaz.

Eles estavam tão bêbados que era difícil de se manter em pé. Entre risadas sem sentido e calambeios, apoiados um no outro para se manteram caminhando, Tristan arrotou. O cheiro insuportável do álcool fez Avril ânsiar por vômito. Mas ela também não estava em condições de reclamar de Tristan.

— Avril! _ Tristan a chamou com a voz enrolada, dando dois passos para trás e mais um para frente. _ Eu disse para você não beber de maissss!

— Ainda estou sobrea! Não vê? _ ela disse da mesma forma enrolada. Murmurando, tão tonta quanto Tristan. E tão bêbada quanto.

Depois disso Tristan começou a cantar alto e enrolado  uma música Ucraniana. Para sua surpresa e animação, a amiga o acompanhou, tornando a dupla de bebados quase impossível de não notar. Eles cantavam tão alto que algumas pessoas que passavam sussuravam sobre eles, com medo de que pudessem estar encrencados.

O telefone de Avril estava no silencioso, ela nem mesmo se lembrava naquelas condições que portava um telefone. Ela arfou cansada de tanto andar.

— Porquê você tinha que escolher a boate mais longe? Você é pasado! E alto como uma girafa!

— Quem você está chamando de girafa?

— Não é óbvio? Seu pescoçudo!

Tristan ficou sério, os dois bebados se encararam friamente, como se fossem sair nos tapas a qualquer momento, então eles gargalharam e continuaram o caminho. Eles se lembravam bem do percurso apesar de seu estado de embriaguez, e quando se confundiam as pessoas apontavam para as ruas certas, até a mansão Bradson.

   Mathew estava chegando na mansão, ja era quase meio dia quando viu a dupla de bebados frente ao portão, fazendo grande barulho. Ashley estava do outro lado do portão, encarando o rosto da filha com piedade. Para Mathew isso sim era uma cena rara, ver tal olhar de pena no rosto da tia, mas não podia ainda dizer o que estava passando na cabeça dela.

— Mãe! Me deixe entrar! _ Avril se agarrou as grades do portão externo, colocando o rosto entre as grades. _ Você tinha razão! Eu o odeio! Odeio com toda minha alma!

Ashy massageou as temporas doloridas e acenou para um guarda abrir o portão. Os homens musculosos e armados ajudaram Avril e Tristan a entrar na casa.

Mathew sabia que ainda teria que inventar uma desculpa rápida para seu sumiço.

Brayan pegou a irmã nos braços e a levou para o quarto. Ele sentia pena dela, todos ja estavam sabendo do acontecido. Os Bradson tinha mil olhos e mais um. Charlotte abriu a porta e ajudou Brayan a coloca-la na cama. Avril havia adormecido no meio do caminho da escada até o quarto.

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