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  Avril é a primeira a se levantar da mesa após terminar sua refeição. Ainda séria, Henry pode notar as olheiras no rosto impecável.

— Estava ótima a refeição..._ sussurra e Sarah tinha os cotovelos na mesa e o rosto apoiado nas mãos.

— Avril... Só precisa dizer e todos nós vamos ajudar. Você sabe disso! Todos os aliados se juntariam pela causa. _ Sarah comenta pegando a taça de vinho.

— Não quero que isso se torne uma guerra! Mas se chegar a tal nível... Então eu pedirei ajuda. _ Avril se retira da sala abaixando a saída de banho e a deixando nas mãos de um dos seus seguranças na porta.

   Mathew inicia uma conversa animada com Sarah, a risada dela iluminava a casa. Henry acena sutilmente para ela em cordialidade e se retira da sala de jantar.

   Se aproxima da porta de vidro com vista para a enorme piscina, a tempo de ver Avril saltando na água com graça. Se aproxima da margem, observando o reflexo dela na água quando a mesma ressurge e retira o excesso de água dos cabelos.

Os olhos azuis estão congelantes e parece que os fios dourados se tornaram mais estreitos.

Henry estende a mão e a encarando nos olhos fixamente.

— Alguém ja te disse que não pode entrar na piscina depois de comer? Tem que esperar pelo menos meia hora!

Avril aceita a ajuda, e é puxada para cima sem muito esforço.

— Não... Ninguém me disse.

— Posso ver que não fui o único a passsar 3 dias sem dormir...

Avril desvia o olhar e solta o braço de Henry.

— Eu ainda não sei o que veio fazer aqui. Você não entende a situação?

— Eu fiz meu dever de casa, Avril! Eu sei muito bem o que está acontecendo. Se alguém quer mata-la... Vai ter que me matar primeiro antes de chegar a você!

   Avril o olha por cima do ombro, com o olhar cético, apesar de a tristeza poder ser vista em finos traços que rapidamente desaparecem. 

— É por isso que deixei você de fora disso. Pegue suas coisas, vou levar você no aeroporto e exigir que te coloquem no primeiro vôo.

— Eu não vou! E você sabe disso!

Avril olha para o interior da mansão e suspira pesadamente.

— Não me faça usar a força bruta...

— E eu vou continuar aqui ao seu lado, mesmo que eu tenha que bater em cada um de seus subordinados! _ Henry diz friamente indo para o interior da mansão, deixando Avril para trás. _ Caso precise de alguma informação venha falar comigo. Está tudo anotado em meu laptop! _ Olha por cima do ombro para Avril sem expressão.

    Era difícil dizer no que ela estava pensando quando mantinha aquele tipo de expressão, mas depois de três dias, Avril sorriu sutilmente, fechando os olhos, mas era falso. Henry sentiu o calafrio abrupto em sua espinha. Aquele sorriso era uma ameaça, sem precisar de uma única palavra. Se Avril estivesse armada, Henry sentia que teria tomado um tiro.

   Avril estende a mão e recebe uma toalha. Se enxuga tranquilamente, retirando o excesso de água dos cabelos enquanto entrava em casa. Ela passa por Henry e sobe as escadas indo para seu quarto.

   Sarah ficou silêncio escorada na parede de braços cruzados e Mathew ao seu lado, o sorriso havia sumido dos lábios da morena e ela se mantinha sem expressão.

— Você tinha razão. Nunca tinha a visto assim. Eu juro que tremi toda com aquele sorriso..._ Sarah sussurra para Mathew que apenas concorda com um jesto simples da cabeça.

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