~135~

416 45 4
                                    

— Agora que estamos todos resolvidos com nossos problemas. Acho que devemos algumas explicações... _ Apollo comentou encarando o rosto de cada um presente, desde os militares aos mafiosos, parando em Ashy entretida com as próprias unhas, esperando que ela soltasse alguma objeção.

Ashy tirou seus olhos das unhas e encarou Apollo de maneira cética, sem muito ânimo, e suspirou.

Henry mexia inquieto os dedos e Avril enrolava uma mecha do cabelo.

— Alguém quer começar? _ Apollo insistiu.

— A Avril que deveria se explicar. O plano maluco foi dela! _ Simon murmurou e recebeu um olhar mortal da mulher.

— Tudo bem._ Resmungou e aplumou o corpo no sofá, respirou fundo organizando as ideias. _ Tudo começou com o incêndio no meu apartamento. Isso ja faz alguns anos, mas vale a pena lembrar... Do nosso lado da família, tudo foi sempre muito aberto. Então o experimento X não era surpresa para nenhum de nós, ja que "todos" tinham alguma ligação...enfim... Eu sabia que isso de alguma forma tinha que ter alguma ligação com o experimento. Depois uma mercadoria de ..._ Avril calou estagnada, olhou de solaio para os militares prestando atenção.

Henry cobriu o riso, ficando vermelho. Marco arqueou a sobrancelha ao ver a situação.

— Tudo bem, Avril?

— Uma mercadoria...

— De drogas!_ Henry tossiu ao soltar as palavras e Avril o deu um beliscão na coxa. _ Que fofa, tentando parecer uma boa moça para seus futuros parentes. Mas isso é em vão, ele ja conhecem o sua profissão...

— Henry!_ Jackie o repreendeu e acenou para Avril prosseguir. _ Tudo bem Avril. Não vamos caçar você ou te colocar na lista negra do exército.

— Obrigada! _ Avril ficou aliviada. _ Uma mercadoria em especial desapareceu. Era como se estivessem tentando me atrair para mais perto. Então eu descobri um bala diferente. Produzida especialmente para o comprador russo.  Depois o assascinato de Lorry  Anchester, a bala usada contra ela era a mesma que a que encontrei junto da minha mercadoria. Naquela mesma noite, Edgar havia chegado atrasado. Para um homem com uma ficha tão pontual, era suspeito ainda mais com uma luva manchada de sangue. Eu fingi não ver quando apertei sua mão naquela noite. E ele tinha o cheiro do perfume que a Lorry usava na festa na ilha aquele ano. Detalhes são muito importantes....

   Ashy sorriu juntamente com Marco. O restante do grupo estava impressionado com a perspicácia da mulher.

—  Parece que alguém ensinou muito bem seus filhos ..._ Apollo sorriu ladino vendo o olhar orgulhoso do casal na filha.

— Quando descobrimos o que realmente Edgar queria, os documentos no caso, não sabíamos ao certo para que ele os usaria. Foi então que ele matou tio Maick. Isso foi mais do que uma simples provocação, Edgar queria me provocar. Ele era um homem cegado pela vingança, a ele não importava matar inocentes para ter o que queria. E ele sabia que para chegar a chave do experimento..._ apontou para a mãe e depois para si mesma._ tinha que me machucar primeiro. Então logo em seguida veio Charlotte.  E se ele conseguisse me ter nas mãos dele, ele teria minha mãe e todas as informações que ele queria.

Avril parou e encarou Henry, o incentivando com um olhar para prosseguir com a informação.

— Edgar sabia que era quase impossível ter acesso a Avril se ela tinha minha proteção. Comigo por perto, ela teria proteção de um membro da S.A. e do exército. Resumindo, ela tinha proteção do próprio sistema de Ellie, tudo que ele mais queria destruir, por isso, Avril era o principal foco dele em todas as circunstâncias. O plano base consistia em nos afastar no momento certo ou esperar para que ele viesse até ela. E ele veio... Mas antes disso, precisávamos trocar informações sem sermos descobertos. _ Henry apontou para Jennie.

DecodificaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora