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— O que é isto em seu pescoço? _ Brayan apontou para Jason, o menino pegou o objeto e mostrou para o tio.

— Meu pai me deu. O que é isso tio Brayan?

Brayan pegou os pingentes e os avaliou.

— É uma identificação militar. Também chamada de dog tag.

— E pra que serve ?

— Todo militar recebe uma. É uma identificação para qualquer um saber seu pelotão, nome, etc...

Jason olhou o objeto e leu

— Henry. W. Evans. 67° pelotão, comando especial... "Servir e proteger".

— Por que ele te deu isso?

— É uma promessa. Ele disse que não precisa ir mais embora..._ Jason guardou os pingentes dentro da camiseta.

Brayan o encarou cético.

— Seja um bom menino e fique aqui, okay. Eu ja volto!

— A onde você vai?

— Vou ver sua mãe! Aliás, não troque a senha de novo!

— Tarde de mais! Acabei de trocar! _ Jason comentou.

Brayan entrou de volta na mansão, passando pela sala, viu Henry cabisbaixo, Jackie olhando as próprias mãos e Marco com o cenho fechado e Ashy parecia intrigada. Mas aos pés da escada, a figura jovem feminina estava pasma, um pouco aturdida. Brayan havia chegado um pouco tarde.

— Você... Você fez sua mãe e seu pai te deserdar? Por quê? _ Avril estava incrédula, ela abriu os braços e depois levou as mãos a cabeça. _ Você deve estar brincando comigo de novo, Henry! Deve ser mais uma das suas piadas!

— Avril! _ Ashy a olhou séria e a garota se calou, balbuciando diversas palavras que ficaram perdidas no ar.

—  Por que garoto? _ Marco esfregou o rosto também tentando digerir as informações. A carta ainda estava firme nas mãos.

Jackie suspirou pesadamente e massageou a testa.

— Depois que Avril foi embora, Beatrice e eu chamamos Henry para conversar. Ele tinha um filho, um filho com uma mafiosa. Então ele nos pegou de surpresa com isso também.

Avril bufou não querendo mais ouvir, ela se aproximou de Henry o agarrando pela gola da camiseta e o arrastando para uma sala particular. O olhar de todos presentes cairam sobre eles, e quando a porta fechou Avril estava prestes a enforcar Henry.

— Que raios você pensa que está fazendo?

— Aquele não é o meu lugar Avril! _ Henry apontou para qualquer direção, também um pouco exaltado.

— E onde você pensa que é o seu lugar? Você foi deserdado, Henry! Você sabe o que isso significa? Sabe o que significa ser deserdado pelo exército? Significa que você foi considerado um traidor da pátria! _ Avril gritou e andou de um lado para outro.

— Eu sei o que isso significa! E sei os motivos pelo qual o fiz!

— E qual séria um bom motivo para isso seu imbecil? _ Avril rosnou batendo o pé no chão com força.

Henry alisou o rosto procurando por paciência.

— Pelo meu filho...

Avril transformou seu rosto furioso em sem expressão em milésimos, ela aplumou o corpo, piscou algumas vezes para tentar digerir se realmente era o que ouviu.

O grupo que ficou na sala, se encarava sem expressão.

— Gostaria de se juntar a nós para um lanche, Jackie? _ Marco perguntou tranquilo.

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