O barulho do chuveiro a fez despertar, ela abriu os olhos lentamente, piscando até se acostumar com a claridade buscando algo familiar naquele cômodo. Levou alguns segundos para se lembrar de todo o acontecido da noite passada.
Avril sentou na cama e procurou por Jason com os olhos, o barulho da agua cessou e minutos depois passos sairam do banheiro, o dono deles, era um belo homem familiar com uma toalha branca presa no quadril, enquanto tinha outra sobre os ombros largos e fortes secando seu cabelo.
— Oi. Desculpa. Tive que usar o chuveiro! Eu vou me trocar no banheiro e sair.
Henry falou apressado, porém com a voz mansa. Em cima da cômoda ele pegou uma muda de roupas verde folha, voltou para o banheiro e fechou a porta.
Avril piscou algumas vezes, ainda estava sonolenta para assimilar, mas quando o fez corou abruptamente e jogou o cobertor para o lado e se pós de pé. Afastou a cortina vendo que o sol acabara de nascer no horizonte. Era uma visão bonita em um lugar inóspito e cheio de montanhas.
— Onde está Jason?
— Com o meu pai. Jason queria acionar as trombetas então meu pai o levou. Não pude dete-lo! _ Henry respondeu ainda no banheiro.
Avril olhou de relance, ouvindo o som das roupas sendo vestidas e o som metálico da dog tag. Ela ficou em silêncio e se afastou da cortina.
— Onde está Mathew e Rafaella? Eles já acordaram?
— Estão na casa do tio Sam. Não acho que vão acordar cedo. Volte para a cama também. _ Henry ajustou a farda do dia a dia e abriu a porta do banheiro.
Avril o olhou de relance, o observando em sua farda cotidiana, os coturnos pretos muito bem limpos, a dog tag do lado de fora. Ele estava impecável, era tão bonito quanto ela se lembrava. Algo se acendeu dentro de si, uma certa lascívia contida. Em um jesto súbito, Henry bateu uma continência e caminhou em silêncio até a porta do quarto.
— Major...
Ser chamado por sua patente fez Henry parar e a olhar por cima do ombro. Avril estava agora sentada na cama de costas para ele.
— A suas ordens, senhorita Bradson. O que posso fazer por você?
— Você... Esqueça! Pode ir..
— Não! Por favor, prossiga. _ Henrry voltou, ficando de pé diante da cama olhando pacientemente para Avril.
— Eu ... Major... Não, Henry. _ Avril estava claramente nervosa, ela apertou o edredom da cama. _ Eu sinto muito por ter invadido a base! Você estava em missão ontem?
— Sim! Eu havia acabado de chegar. Foi surpreendente te encontrar aqui. _ Henry disse calmo ainda a escutando pacientemente.
Henry arqueou a sobrancelha ao ouvir ao longe as trombetas tocando mais do que o normal,presumiu que o filho havia empolgado e que nem mesmo foi repreendido. Ele estava atrasado. Avril levantou a cabeça mostrando que também havia ouvido.
— Você está atrasado!
— Não importa! _ Henry sorriu ladino e Avril arqueou a sobrancelha com isso. Ela não queria se aproximar dele, mas o trouxera problemas no trabalho. Ela não queria que fosse assim. Henry acenou e a deu as costas para sair
Sem raciocinar, Avril se lançou, segurando no uniforme e o olhando sem expressão.
— Eu... Eu lhe trouxe problemas. Irei com você para me explicar! Você pode esperar por mim por alguns minutos?
Henry soltou uma risada nasal enquanto encarava os olhos azuis. Ele ainda a achava encantadora. Seus olhos pareciam ainda mais intensos e sedutores. Mas ve-la lhe dar uma oportunidade de conversar, era melhor do que qualquer coisa, e temia que estivera sonhando.
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Decodificação
RandomLivro 4 - Assumindo por fim sua responsabilidade com a máfia, Avril, filha de Marco e Ashley, terá que lidar com assuntos de "gente grande". Ela foi treinada para ser uma mulher forte e inteligente, capacitada para lidar com a máfia e com qualquer s...