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— A onde estamos indo? – Henry pergunta notando o caminho diferente.

— Ver as garotas. Tenho alguns assuntos lá.

— Eu fico no carro.

— De jeito nenhum! Vai ter que descer!– Avril diz séria, deixando bem claro que ela não estava o dando escolha.

   Henry fica desconfortável no banco do passageiro.  O silêncio prevalece. Depois de alguns minutos de estrada de chão, Henry avista a mansão gigantesca e luxuosa.

     Avril não precisa parar nos portões, o guardas já abrem ao notar o carro. O chão é forrado de cascalho, além da bonita chafariz com uma estátua renascentista ao topo. O lugar era bem arborizado, com as copas das mesmas perfeitamente podadas em formatos geométricos.

Avril estaciona de qualquer jeito o Porshe, ela puxa o freio de mão com força e lança um olhar por baixo dos óculos escuros para Henry.

— Ainda lembra quem você é?

— Primo de alguém da máfia alemã.

— Do Gustavo! Seja específico. – Avril desce tranquila e espreguiça sem pressa.

    Henry desce e fecha a porta do automóvel com cuidado. Ele admira ao redor, vendo a quantidade de seguranças ao redor da mansão.

   Avril abre as portas da mansão e espera Henry se aproximar. Quando ele a alcança entram juntos.

  As trinta garotas vem correndo, ficando enfileiradas e em silêncio. Elas sairam de seus quartos do jeito que estavam e sorriam eufóricas ao colocarem seus olhos no bonito rapaz ao lado de Avril.

— Como vocês estão? – Avril pergunta tirando os óculos. As garotas ficam na ponta dos pés e a garota revira os olhos, abrindo os braços. Elas correm e se lançam abraçando Avril. – Tudo bem, tudo bem... agora chega.

As garotas votam para as fileiras, olhando Henry de baixo a cima.

— Chefinha, deixe-nos atender o cliente. – Uma delas diz humorada em tom safado.

Avril ri baixo e olha para Henry de relance.

— Você quer?

   Henry fecha a cara e desvia os olhos para os pés.

— Não, obrigado. Outro dia...quem sabe.

— Henry é tímido, moças! – Avril debocha e elas riram. – Onde está Kath e Flay?

— La em cima. Elas ainda não se sentem bem. Ainda em processo de desintoxicação. – Uma das garotas comenta sem expressão.

— Eu irei vê-las. – Avril começa a subir as escadas e para olhando por cima do ombro. – Cuidem bem do primo do Gustavo.

   O brilho nos olhos da garota fez Avril rir baixo.

— Pode deixar, chefinha. – A ruiva diz rondando Henry o olhando de baixo a cima.

    Henry apenas a olha de canto sério como se tivesse sido ameaçado de morte.

   As garotas gargalham e o pegam  cada uma em braço.

— Vem com a gente, gatão. – uma loira diz com um sorriso ladino.

A morena avalia o rosto de Henry e sorri lasciva. Ela se aproxima mais, e o funga o pescoço do rapaz.

Henry se controla, as jovens eram bonitas como modelos, não podia se dizer que havia uma ali que se parecia com a outra. A diversidade era bem notável.

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