Avril fica com seu olhar frio, fecha o cenho, ela tenta se levantar, mas Henry aperta ainda mais a ponta da Glock contra sua testa, afundando sua cabeça no travesseiro.
— Acho melhor abaixar a arma, Henry...
— Eu não trato com os inimigos da pátria, Avril!
— Eu livrei a sua pele na Alemanha, na Itália e ainda te recebi bem em minha casa. É melhor abaixar a arma! Eu sou da máfia! E daí? – Ela levanta, sentando na cama e Henry rosna com a afronta – Eu sabia que um dia você ia descobrir! Vai me odiar agora? Sou muito diferente do que era meia hora atrás?
— Eu me sinto sujo agora...
— Antes que venha jogar a culpa em mim, não fui eu que vim atrás de emoção. Você veio até mim, Henry! Eu não tenho culpa!
Henry aperta a arma ainda mais contra Avril enquanto os olhos azuis frios o encarava dentro dos olhos, o aprisionando em um mar de gelo.
" Ela tem razão... Eu deveria ter a matado antes de me apegar!"
— Eu...– ele rosna e abaixa a arma. – É melhor nunca mais cruzar o meu caminho!
Avril fica em silêncio e o rapaz guarda a arma. Ele se afasta, parando na porta e olhando por cima do ombro.
— Pode ir! – Avril diz sem emoção, o sono ja havia lhe abandonado. – Não deve ser difícil para você ir embora se sentindo sujo de ter convivido comigo, nao é? Eu nunca te fiz nada além de tentar te sufocar com o travesseiro. Então por que ainda está ai?
— Estou pensando!
— Não tem nada para pensar. É melhor você ir embora enquanto algum pedaço de mim ainda o considera um amigo! – Avril o lança um travesseiro que acerta a cabeça do rapaz. – Eu confiei em você! Você dormiu de baixo do mesmo lençol! Eu tentei te seduzir a menos de uma hora atrás. E agora você vem se sentir sujo? Até onde eu saiba aquele beijo foi você quem me deu eu só estava te distraindo! Então não sei o que ainda tem para pensar! Vai embora Henry! Suma da minha vista! Eu te odeio!
Henry encara a parede do corredor friamente e rosna ao sentir o impacto.
— Eu ainda não acredito que senti atração pelo inimigo... – rosna. – Escute, se algum dia a sua máfia entrar no foco do exército para eliminação, não conte comigo para limpar sua barra!
— Ninguém entra no caminho dos Bradson, idiota! Nem mesmo o primeiro-ministro ou o presidente! – Avril senta na cama e esfrega o rosto. – É melhor você ir... – Ela sussurra abatida.
— Vai chorar? – Henry pergunta debochado e se vira para encara-la. Avril estava de cabeça caixa encarando as mãos.
— Eu estava começando a gostar de você, da sua companhia...
Henry fica em silêncio e encara a cama que até pouco tempo estavam rolando por toda ela atrás de um objeto. Ele pensou nas ações de Avril, nas mentiras que contou para a irmã apenas para não arrumar problemas. Em como ela se dedicou a ajuda-lo com as bombas. Mas não havia nada em sua mente que pudesse dize-lo para a perdoar por ser quem ela era.
— Adeus Avril.
A garota apenas volta a se deitar e esconde a cabeça com o cobertor.
— Vai logo...
Henry sai do quarto, entra no escritório e pega sua mochila. Saindo do apartamento, antes de fechar a porta, olha para o interior do cômodo silencioso e fecha a porta.
— Adeus princesa...
Na garagem coloca o capacete e sobe na moto, da partida e fica encarando um ponto fixo no local.
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Decodificação
AléatoireLivro 4 - Assumindo por fim sua responsabilidade com a máfia, Avril, filha de Marco e Ashley, terá que lidar com assuntos de "gente grande". Ela foi treinada para ser uma mulher forte e inteligente, capacitada para lidar com a máfia e com qualquer s...