~12~

493 52 11
                                    

— Menos um...– Ela solta o corpo do homem morto com o pescoço quebrado.

  Da alguns passos para trás levantando a barra do vestido, para não tropeçar por causa dos seus saltos altos agulha. Ela agarra o corpo e o arrasta para dentro de um camarim vazio.

A porta abre e ela apluma o corpo pronta para atacar, mas Henry faz sinal de silêncio e joga o outro corpo.

— Você tem bons olhos para meliantes. – Henry sussurra intrigado.

" Eu trabalho com eles, é fácil quando se está acostumada com até mesmo com a forma de falarem e andam."

Avril pensa e da de ombros.

— Por acaso você é da CIA? – Pergunta tentando não fazê-la ficar desconfiada e Avril fica em silêncio, se abaixa abrindo os ternos dos mortos. – O que está caçando?

— Mesmo que eles instalem explosivos, em todo lugar, ainda tem a chance de não conseguirem alcançar os objetivos. Geralmente esse tipo de gente escolhe um que carrega no corpo um colete explosivo para chantagear. – Avril fica de pé e encara Henry. – É esse que temos que achar...

  Henry a encara nos olhos e concorda, ele sai primeiro a deixando para trás. Devido a pressa, as sandálias começam a machucar seus pés, ja que ela estava quase correndo contra o tempo em cima deles, ela não deixaria nada estragar a apresentação de sua irmã. E o vestido também não ajudava muito nos combates.

   A porta fecha e ela escuta a tranca ser fechada. Apluma o corpo imediatamente.

— Que porra é essa? Henry! –Não obtém resposta. Bate com força na porta. – Henry!

O barulho de algo sendo acionado a faz olhar em direção a penteadeira do camarim. Ela se aproxima abrindo a gaveta e vendo a bomba começar uma contagem de 30 minutos.

— Mas que droga! – Ela pega o objeto com quatro fios e mostrando o contador.

A porta é forçada a fazendo olhar por cima do ombro.

— O quê? – Henry questiona e Avril avança na porta batendo fervorosamente.

— Henry!

— Avril, porque você trancou a porta?

— Eu não tranquei seu burro! Alguém me trancou aqui dentro!

— E que barulho é esse que ta vindo dai?

— É o explosivo! – ela grita começando a se desesperar.

A porta era muito bem reforçada. Henry joga o corpo no chão que estava carregando e analisa ao redor.

— Se afasta da porta! Eu vou tentar arrombar!

Avril levanta a barra do vestido e se afasta, ela pega o explosivo e começa a analisa-lo cuidadosamente. Henry investia chutes fortes contra a porta que nem mesmo fazia menção de ceder. Ele amaldiçoa com um palavrão de baixo escalão.

— Está com seu celular? – Avril volta a se aproximar da porta, ajoelhando no chão e enfiando os dedos por baixo da porta.

— A gente não leva telefone para o trabalho, Avril!

— Mais que grande... – ela rosna ficando de pé. Olhando ao redor quase em desespero, sobe o olhar e encontra uma tubulação. – O teto! – Ela grita.

Henry olha para o teto e compreende o que a garota está planejando. Avril sobe na penteadeira com dificuldade, enfia a bomba no decote e se esforça para alcançar a tubulação. Ela se abaixa, retirando uma das sandálias e batendo contra a tampa que sai do lugar. Calça a sandália apressada e salta se agarrando a beirada da tubulação. Impulsiona o corpo para cima, entrando no lugar estreito. Ela se arrasta por toda a tubulação cheia de poeira.

DecodificaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora