— Um bom trabalho tranquilo, anima qualquer astral. – Avril espreguiça entrando no apartamento.
— Tranquilo? Você levou 50 homens para um deposito de cocaína e matou uns caras a sangue frio... Isso é tranquilo para você? – Henry ainda estava perplexo com a maneira que a máfia lidava com tudo.
Avril riu baixo e encarou o rapaz de um jeito fofo.
— Depois que a gente se viu na Itália, eu fiquei me perguntando se você estaria em alguma missão muito difícil...
Henry sorri ladino e concorda.
— Esfregando banheiros com uma escova de dentes, arrancando ervas-daninhas no pátio, polindo talheres... – Ele fica sério ao dizer. – Porque você, safadinha, roubou minha identificação de baixo do meu nariz. – Ele se aproxima da garota.
Avril cruza os braços e sorri provocativa.
— Foi um bom furto. Você tem que admitir! – Ela diz humorada e Henry concorda. Ele encara o sorriso perfeitamente branco e alinhado, e desvia indo para o quarto. – Henry, eu preciso lidar com mais alguns assuntos agora. Te vejo no final do dia, okay?!
Henry acena e a garota sai rodando as chaves do carro.
Ele entra no quarto e se joga na cama. Esfrega o rosto e encara o teto pensativo.
" Eu não posso passar da linha...
É perigoso para mim e para ela.
Se controle, Henry... Se controle!"
***
Henry estava deitado no sofá assistindo um filme. Era início de noite quando Avril adentrou no apartamento, completamente suja de algum pó branco. Seus cílios liberavam o pó no ar a cada piscada.
Henry roncou segurando o riso, ficando vermelho e cobrindo a boca e segurando o abdômen.
Avril apenas o olhou com desgosto e fechou a porta em um estrondo.
— Por favor, me conte como você acabou assim! O que é isso?
— Farinha! – Ela rosna deixando as chaves no aparador.
— É só passar no ovo e fritar. – Henry zomba e Avril o lança um olhar carregado de ódio.
~ Uma hora antes ~
— Isso é tudo? – Ela pergunta vendo a quantidade de pacotes de droga.
— Sim.
— Eu senti que a textura está um pouco diferente do normal. Eles devem ter misturado alguma porcaria no meio. – Avril diz tranquila com as mãos no quadril.
O subordinado acena para outro que pegada um pacote e corta ao meio. Ele olha desconfiado, analisa a textura e cheira de longe.
— É farinha.
— Como assim? – Avril pega o pacote e cheira. Ela encara o subordinado na sua frente com desgosto.
— Sabatogem.
— Provavelmente iriam revender farinha no preço de droga. – Avril bufa. – Confira todos!
Os homens abrem todos os pacotes e despejam a farinha no chão. No último pacote, o subordinado se estressa o jogando no chão com raiva.
— Que desgraçados...
Avril esfrega o rosto e encara a duna de farinha branca.
— Avril, o Devorador quer dar uma voltinha. – Outro subordinado trás o Doberman de orelhas pontiagudas e pelo impecávelmente brilhoso.
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Decodificação
RandomLivro 4 - Assumindo por fim sua responsabilidade com a máfia, Avril, filha de Marco e Ashley, terá que lidar com assuntos de "gente grande". Ela foi treinada para ser uma mulher forte e inteligente, capacitada para lidar com a máfia e com qualquer s...