~98~

380 49 15
                                    

Henry não conseguia dormir. Estranhamente sua descoberta sobre a situação de July o deixou abatido e estranhamente empático. Então mesmo que não quisesse, se colocou no lugar de Edgar.

"Se o homem for um cod-X, deve ter um passado sombrio assim como os outros..."

Suspirou passando os braços para atrás da cabeça enquanto encarava o teto.

" Se ele sofreu, tem cicatrizes que não se fecharam. E se ele e July tem um relacionamento, e Edgar a protege de ser sequestrada ou usada como um objeto de suborno para obterem informações...  E então ela tem uma doença que pode mata-la e tira-la dele...."

Henry fechou o cenho e resolveu fechar os olhos. Ele queria decifrar como aquele homem estava se sentindo, que tipos de emoções levaria tal a agir de forma tão sinistra apenas para proteger uma mulher.

" Estranhamente compreendo a dor..."

A porta abriu sem a intenção de não ser notada. Na penumbra do quarto, Henry abriu seus olhos para encarar os contornos femininos parado na porta.

— Se veio tentar me sufocar com o travesseiro enquanto durmo, sinto muito, estou acordado! _ Henry sussurrou sem emoção, mas se calou ao sentir a cama afundar cada vez mais próximo.

Seu corpo pesou com outro sentando em seu colo.

— É melhor você nunca, NUNCA, se gabar por isso! _ Avril sussurrou rouca quase inaudível_ Eu te quero agora! N

Henry sentou abruptamente na cama segurando-a pela cintura.

— Eu jurava que estava acordado! _ Henry brincou a tirando um riso baixo. _ Diga-me como você quer! _ Sussurrou rouco contra o ouvido de Avril a fazendo arrepiar.

— Não importa! Apenas me deixe saciada! _ Avril rosnou.

Henry a apertou ainda mais contra seu corpo, mesmo na escuridão do quarto podia sentir que ela dormia com uma camiseta, assim como costumava fazer antigamente.

Foi a beijando pelo pescoço, mordiscando a orelha. Levando com calma seus movimentos que sabiam exatamente o que fazer para deixa-la extasiada, pois noites como aquela, durante três anos, ele se lembrava como a amava, como a adorava como uma deusa enquanto Avril o agraciava   com seus ápices, sussurrando seu nome e mordendo o lábio na tentativa de conter os espamos do corpo em combustão.

— Eu quero ligar a luz.

— Para que? _ Avril abriu devagar os olhos ao perceber que Henry parou suas carícias.

— Eu quero te ver... Está muito escuro!

— Isso é bobagem!

— Não, não é! _ Henry rosnou afagando seus cabelos enquanto seus lábios roçaram na boca de Avril, com a sensação de como querer comer um doce proibido, mas precisa esperar pela permissão de alguém para come-lo.

— Tudo bem... Mas deixe a meia luz!

Henry se virou em um jesto abrupto, a deixando deitada na cama, foi ao interruptor o mais rápido possível e acendeu como ela queria.

Seus olhos cairam na cama, no olhar selvagem de iris azuis intensas, seus fios dourados pareciam ainda mais vivos em meio ao azul, sua expressão excitada, suas bochechas coradas. Cabelos negros espalhados pelos lençóis brancos. As pernas encolhidas, os seios rijos notáveis por baixo da blusa branca.

Henry venerava Avril, ele a amava não apenas na cama, mas quando ele podia a olhar assim, se sentia o homem mais sortudo do mundo.

Avril mordeu o lábio, encarando a figura alta parada ainda perto da porta, sem camiseta deixando todos seus músculos definidos expostos, os olhos castanhos esverdeados pareciam de um predador pronto para devora-la até não restar mais nada. Descendo seus olhos por todo aquele homem que nem sequer por um dia saiu de sua cabeça, e assombrava suas noites sozinha em sua cama. A respiração de Henry estava pesada, em um ritmo calmo, ou pelo menos era o que queria transmitir a ela. Que não estava com pressa...

DecodificaçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora