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Henry olhou para Avril quieta observando atenta ao redor.  Sentada no outro extremo, olhando vidrada para a brecha da porta do velho deposito.

— É só um jogo!

— Porquê quer vencer, Henry?

— Eu pediria um aumento.

— Isso parece bom. Mas eu preciso de você para proteger Jason enquanto eu estiver fora. Então reconsidere seu pedido.

— Espera! Não está pensando em ir atrás de informações sozinha, não é?

— Henry... até onde descobri, a S.A. é uma organização que reúne os melhores soldados. Então como o líder do primeiro pelotão é tão fraco? _ Avril o olhou relance.

Henry gaguejou e coçou a cabeça.

— Eu fui pego!

— Você é como seu tio Apollo. É modesto por fora, mas você esconde sua verdadeira natureza. Eu quero ver o seu Eu de verdade. Mostre-me!

Henry ficou sério a encarando, ele suspirou e desviou o olhar.

— O que eu ganho com isso? _ Ele se calou quando Avril rolou rapidamente para de baixo das prateleiras do depósito e ele fez o mesmo do outro lado do cômodo. _ Ainda bem que a gente limpou...

Avril sorriu e ficou séria instantaneamente. Henry ergueu um pouco a cabeça vendo Jennie passando sorrateiramente. Ela observou a porta escorada e se aproximou, mas recuou pensando que seria uma armadilha.

— Estão todos espertos. Regra número 1. Nunca entre em um lugar óbvio de mais de ser uma armadilha. _ Henry sussurrou para Avril.

— É por isso que estamos escondidos aqui! _ Ela respondeu. _ Por que não quer mostrar do que é realmente capaz?

— Eu não posso!

— Vai omitir?

Henry viu o olhar ameaçador de Avril, ela estava com a pistola apontada para ele em seu colete.

— Hey! Hey! Eu sei que os outros ja sairam, mas não quero que meus pais pensem que virei um frangote!

— Então é melhor começar a contar!

— O que eu ganho se ao invés de te contar começar a agir?

Avril o olhou nos olhos procurando por palavras. Mas Henry estava sério a encarando profundamente nos olhos de forma misteriosa.

— Ela ja foi...Vamos sair daqui! Está muito apertado!

Avril rolou e Henry também. Ambos colidiram as costas no centro do cômodo. Ele se colocou de pé e a ajudou. Avril observou o brilho no olhar do homem, ele parecia outro homem mais feroz, mais determinado.

— Você mudou de repente...

— É como os velhos tempos. Vamos! Vou lhe dar uma amostra. Mas depois você terá que me dar o que quero.

— Eu não me lembro de ter concordado com isso! _ Avril sussurrou e abriu as munições das pistolas para conferir a quantidade de munição que ainda tinha. _ Está acabando...

Henry sorriu ladino, seu olhar predador deixava Avril intrigada.

— Mas não lembro de ter negado. Guarde suas balas. Temos bastante munição para fuzil.

Com as armas que pegaram dos outros, retiraram as munições e guardaram para si em seus coletes.

Henry chutou a porta com força do depósito. A mesma fez um grande a barulho.

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