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— Mathew.._ Avril sussurrou e o gangster se aproximou rapidamente a amparando. _ Eu quero ir para casa.

Mathew a acariciou ainda a vendo suja de sangue seco, e a cabeça enfaixada. Jhon também havia se sujado com sangue.

— Preciso saber de algo?

— Ela ja pode dormir. A dei um analgésico, mas ela pode sentir dor de cabeça amanhã. _ Jhon avisou e amparou Avril para Mathew a pegar nos braços.

— Eu vou levá-la para casa!

   O grupo se reuniu na porta em silêncio, vendo Mathew a colocar no carro com cuidado. Quando o carro saiu da mansão, eles sentaram no sofá tentando compreender a mudança de fatos. A cada dia que se passava, estavam se apegando mais aquelas pessoas, que até meses atrás nunca concordariam em conviver.

   Simon saiu da cozinha com uma bandeja cheia de comida em mãos, e voltou para o quarto de Tiana. Ele contou sobre a viagem a Colômbia, sobre a briga entre Ashley e Beatrice, sobre como apesar do que aconteceu com seu cabelo, as pessoas que os acolheram naquela mansão que mais parecia um castelo, os tratou muito bem. Ele contou coisas superficiais, sobre o que comeram, sobre as belas praias, até que Tiana tivesse pegado no sono.

Simon sabia que ela iria preferir dormir ouvindo coisas aleatórias, do que perguntas sobre seus dias de cativeiro. Ele se lembra quando ela quase ficou para trás em uma missão, e o que as ações impulsivas de Henry quase causaram. E não queria que a amiga se culpasse novamente.

***

   Henry entrou na sua sala, se jogou na poltrona ligando o computador. A única luz provinha da tela do eletrônico. A expressão endurecida havia saido de trás da máscara de um homem brincalhão e leve. Esse era ele de verdade.

  Seus dedos trabalharam ágeis, se infiltrando no sistema de segurança do restaurante, mas não demorou para perceber que estava faltando partes, como a de, quando Avril saiu do restaurante.

Pensativo, ficou quieto por alguns instantes, olhou no telefone, constatando as horas e também algumas ligações perdidas.

Esfregou o rosto e desligou o computador. Puxou a gaveta pegando uma imbel 9 mm e a colocando no cós da calça. Ele teria que ir a campo se quisesse as respostas.

O restaurante ja estava fechado, então procurou pela saída dos funcionários, escondida atrás de um beco. Conferiu a tranca da porta, mas não queria pensar muito em consequências. Apontou a pistola na tranca e atirou.

Adentrou no local mesmo ainda estando escuro, passando pela cozinha impecavelmente limpa, saindo em um corredor extenso, com portas luxuosas e paredes trabalhadas em tom carmesim e espelhos. Além dos lustres no topo. Henry abriu a porta que viu Avril entrar. Estava tudo estranhamente arrumado, mas o cheiro do álcool estava forte, uma mistura de bebidas.

  Acendeu a lanterna do telefone e guardou a pistola. Avaliou cada canto do cômodo como um homem treinado a reconhecer cenas de crimes. Se aproximou da adega, olhando para as garrafas. Ele pegou uma e avaliou, ainda continha pequenas plumas, indicando ser recém limpa e posta. Mas ela não era a única, quase todas ali pareciam ter sido colocadas em poucas horas.

Henry se aproximou da mesa, olhando para onde Avril deveria se sentar, sempre na cabeceira, como uma rainha. Seus olhos cairam na lasca na borda. O vidro parecia ter recebido um impacto potente e lascado. Henry passou seus dedos e subiu os olhos para a adega.

Seus olhos piscaram lentamente, parecendo entrar em um mundo inerte, sua mente ágil e treinada trabalha, em um movimento, ele imitou uma garrafa sendo quebrada. Seus olhos caíram no chão, mas não havia nenhum caco por perto, mas ao longe, de baixo de um sofá de couro no canto, havia um pequeno que brilhou contra a luz da lanterna, provando sua teoria.

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