Ja era quase três da madrugada quando o grupo de militares voltaram para casa. Eles estavam abatidos e chorosos. Henry olhou para a mansão e se sentia sufocado.
— Eu vou embora..._ Henry pega as chaves da moto e Tiana o segue até la fora.
— Você deveria ficar aqui essa noite, não parece bem.
— É esse lugar Tiana... Ele me causa calafrios.
— Eu não sinto nada de errado. Você está sendo sensitivo de mais na minha opinião! Qual é Henry, fica.. sua avó morreu, você está abalado. É perigoso dirigir assim...
Henry pega o capacete que Avril havia usado e o olha por alguns segundos.
— Desculpe Ti. Eu não consigo ficar aqui...
— Okay então.... Mande uma mensagem quando chegar. Só pra saber se chegou bem.
Henry da partida e sai pelos portões, mas do lado de fora, Mathew estava escorado no muro e em silêncio.
— Eu fiquei sabendo. É triste! Sinto muito!
— Algum problema Mathew? Por que está aqui?
— Talvez. Mas me intriga o fato dela ter te deixado de fora dessa vez. Me pergunto se isso se deve ao fato de ser militar ou dela realmente gostar de você. _ o gangster se aproxima e Henry desliga o motor da moto.
— O que quer dizer?
Mathew retira o telefone do bolso interno da jaqueta e disca alguns números rapidamente. A chamada é atendida de imediato e ele estende o aparelho sem dizer uma única palavra.
Henry retira o capacete, e coloca o telefone próximo ao ouvido.
— Sim...
— Eu vou sair do país.
A voz feminina diz calma, sem pressa ou qualquer outra tipo de sentimento. Encostada no parapeito da varanda do seu apartamento, observando rapidamente as luzes e os outros prédios da cidade. As malas ja estavam prontas para partir.
— Para onde vai?
— Para um lugar seguro. Mataram a Lorry e talvez você saiba o que isso significa. _ sussurra aplumando o corpo.
— E você me diz isso agora? Avril!
— Henry... Talvez seja melhor você ir para a base. Vai ficar seguro lá. Além disso... Eu fiquei sabendo do ocorrido. Sinto muito pela sua avó...
— Não posso voltar agora. Minha família está vindo para o velório. E você está em perigo..
— Não posso levar você comigo. Não sei se seria uma boa ideia...
— Eu te acho. Então você não terá me levado. Só... Eu só preciso de uns dias.
O suspiro calmo que ecoou do outro lado da linha fez Henry se acalmar, ele sabia que queria escutar aquele som novamente.
Avril abaixa o olhar quando o vento frio da noite se choca contra seu corpo, ela olha por cima do ombro para um dos seus, que estava na porta do apartamento, a esperando terminar a ligação para irem.
— Não me faça ficar louco enquanto eu nem ao menos sei onde você está... Por favor.
— Eu preciso ir!
— Quando você volta?
— Não tão cedo. Talvez suas férias ja tenham chegado ao fim e você tenha que voltar para o seu trabalho.
— Tanto tempo assim?
— É necessário até ter uma resposta para todas as perguntas que me circundam agora. Adeus Henry! Não saia por ai arrumando confusão. Se cuida ... e meus pêsames.
Avril desliga sem o dar oportunidade de responder. Ela entra no apartamento, fecha a porta da varanda e é acompanhada pelos seus subordinados armados até o carro que a levaria para o aeroporto.
Henry encara o telefone cético e devolve para Mathew.
— Ela poderia ter ligado por conta própria...
— São medidas de segurança. _ Mathew guarda o aparelho e encara Henry tranquilamente. _ Eu te acho um cara legal. Gosto da maneira como a protege. Ser da máfia tem seus perigos e ser chefe de uma é ainda mais. Sempre é bom ter aliados por todos os lados ...
— Então você sabe realmente quem sou... Não tem nada contra em relação a eu ser militar? _ Henry olha as ruas relativamente vazias pelo horário.
— Meu pai era militar antes de entrar para a máfia. Ele era o antigo conselheiro do Don¹, que era o pai da Avril. Ele continua como conselheiro enquanto eu sou o próximo da linha hierárquica. Eu não tenho nada contra você, Henry, desde que você não ferre com tudo!
— Tem mais alguém que sabe?
— Todo mundo! Você vacilou um dia desses, deixou a dog tag amostra e quando deu por si... Bom, já não era um segredo mais! Não podemos falar nada sem o consentimento da Avril. _ Mathew suspira. _ O que vai fazer agora?
— Voltar para o hotel, viver meu luto, ir a um velório de uma senhora de seus 80 anos...
— Tinha chegado a hora dela... Infelizmente.
— Ela costuma fazer isso com frequência?
— O que? Morrer?_ Mathew pergunta Intrigado e Henry frcha o cenho confuso.
— Avril...sumir do mapa.
— Sim! É normal na família Bradson um membro viajar e reaparecer depois de algum tempo! Principalmente para a antiga chefe... Minha tia realmente sabia como dar um perdido!
— Como ela é?
— Vai saber um dia! Não posso colocar em palavras e vazar informações sobre ela, é quase um crime dentro da máfia! _ Mathew retira um cartão junto de um envelope de dentro do outro bolso e estende para Henry. _ Ligue se precisar de algo.
— Obrigado!_ Henry abre o pequeno envelope, retirando uma passagem para um vôo. _ É daqui 3 dias...
— Eu sei que ela precisa de você. E além de mim, você é o único a poder se aproximar dela. Ter mais alguém para protege-la me deixa aliviado. Só não conte que fui eu...
Henry ri baixo e concorda.
— Te devo uma Mathew!
— Te vejo por lá! _ Mathew acena e se afasta, ele entra no carro e acelera.
Dentro da mansão, Jennie estava acordada, fungando sozinha enquanto olhava para a tela do computador, encarando a tela pensativa. Quando a porta abre, Isis passa em silêncio com os olhos inchados e nariz vermelho. Jennie fecha lentamente o laptop e encara a irmã quando ela a encara.
— Você deveria descansar.
Jennie fica em silêncio encarando cético o rosto da irmã gêmea que não parecia com ela, pois eram bivitelinas.
— Você deveria também. _ a resposta faz Isis abaixar a cabeça.
— Nós vamos empacotar as coisas dela. A mamãe não vai suportar fazer isso.
— Eu vou ajudar!
Jennie levanta da cama e vai para fora do quarto.
Isis escora na porta limpando as novas lágrimas, ela retira o vestido e se troca por um pijama leve, se aproxima do laptop e o abre, seus olhos lêem rapidamente o que estava escrito.
— Pedido de despensa... _ Isis sussurra e sente os olhos arderem com mais força. _ Você está querendo sair por causa do Henry? Espero que você não esteja realmente levando isso a sério...
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Nota:
Don¹ : é como o chefe da máfia é chamado na hierarquia.
Mathew de cúpido.
Boa leitura!
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Decodificação
AcakLivro 4 - Assumindo por fim sua responsabilidade com a máfia, Avril, filha de Marco e Ashley, terá que lidar com assuntos de "gente grande". Ela foi treinada para ser uma mulher forte e inteligente, capacitada para lidar com a máfia e com qualquer s...