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Avril se escora no fundo do elevador, recobrando as forças nas pernas trêmulas.

— Louco... – Ela murmura.

   Sua pressa havia nome. Sabrina. A amiga havia sofrido um atentado, Gustavo a deixou a par de tudo. Avril estava disposta a ajudar Aaron a descobrir o responsável por machucar a loira. Mas o Gustavo insistiu que Avril não se metesse, devido a assuntos internos.

   Era óbvio que Avril estava irritada e preocupada. Sabrina era sua amiga, a ajudou quando precisou.

   As portas abrem e Brayan acena. Ela apressa ja se jogando na cadeira, devido suas pernas ainda trêmulas.

— Você está pálida... – Brayan comenta entregando a ficha para a irmã.– Pai deixou claro que é assunto urgente.

— Só o stress. Lidarei com isso imediatamente. Valeu Brayan...

  Avril sai apressada da sala, voltando para o elevador e indo para a cobertura. O helicóptero estava pronto para decolar. Ela sobe, fechando os cintos e colocando os fones de ouvido.

***

Henry boceja, horas de espera e nada de Avril sair por aquela porta.

A garçonete o serve com mais um café e olha para a empresa.

— Mais um admirador pelo que vejo... esse é o melhor lugar para observa-la entrar e sair.

— O quê?

— A linda garota de olhos azuis... – A garçonete comenta limpando as mãos no avental. – Acho que qualquer mulher queria ser como ela. Bonita, rica, herdeira, decidida...

— Muitos vem aqui para vê-la?

— Bastante. Chame se precisar de algo.

   As horas passam, Henry sem graça de permanecer no estabelecimento paga a conta e senta em sua moto, se distrai em seu telefone entediado. Um homem engravatado se aproxima sério.

— Henry?

— Sim. – o rapaz concorda se ajeitando desconfiado. – A situação ja foi resolvida. As multas antigas pendentes  também foram retiradas.

   Henry arqueia a sobrancelha e concorda desconfiado e volta a se escorar na moto. Vendo a muralha de músculos em um terno voltar para dentro da empresa.

Um homem vestido em um terno azul escuro sai, acompanhado por seu secretário.

   Brayan reconhece o rosto de Henry e acena singelamente com a cabeça.

   Era noite, ja fazia um pouco de frio, Henry afaga os braços e encara o céu sem estrelas. A empresa ja havia fechado, um helicóptero corta o céu. 

  Avril desce no heliporto, massageando o ombro. A arma estava firme nas mãos, ela guarda no cós da calça jeans, o olhar de quem poderia matar mais um se a importunar fazia com que seus subordinados ficassem completamente em silêncio.

   Chama o elevador, alisa os cabelos para trás e suspira. Seus seguranças abrem a porta da empresa, Avril sai tranquila e encontra Henry olhando para o céu, escorado na moto preta.

— Você ainda está aqui? – Ela pergunta ríspida.

— Você parece ter tido un dia difícil, princesa. – Henry a olha de relance. – Minha identificação...

— Senhorita, nós resolvemos os outros assuntos. Parece um pouco indisposta. – um dos subordinados diz o interrompendo.

— Não se preocupe. Eu vou lidar pessoalmente. Só preciso de um banho antes de ir. Vão na frente. Eu ainda tenho um assunto pendente.

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