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      Avril desceu as escadas com um mochila   nas costas, todos os presentes que estavam tomando café da manhã pararam para a observar

— Onde a senhorita pensa que vai? _ Marco se colocou de pé e Avril respirou fundo encarando bem próximo o pai.

— Chega de correr de Edgar! Eu não serei a caça! Não mais!

   Marco balbuciou vendo o olhar determinado no rosto da filha, Ashy  continuou tomando café da manhã normalmente em silêncio quando o esposo a encarou com um olhar que dizia: " Você é a mãe dela! Faça alguma coisa!" Mas Ashy apenas o ignorou.

— E pensa em fazer isso sozinha? _ Marco protestou ainda mais.

— Não! Ela não vai sozinha!_ Henry espreguiçou e encarou Avril com um sorriso ladino. _ Nós temos um plano!

— E você pode compartilhar isso com a gente ou teremos que ter uma bola de cristal para saber? _ Ashy sussurrou, tirando uma careta espantanda de Henry pelo mal humor da senhora e uma risada baixa de Avril.

— Que péssimo humor minha senhora... Seu marido não anda lhe dando carinho suficiente a noite? _ Henry implicou e Ashy parou a xícara no ar, e o encarou friamente.

— Quer perder a língua pirralho?

— Entre na fila, por favor! _ Henry sorriu e Ashy o surpreendeu com um sorriso ladino. _ Se não fosse pela sua outra mão segurando a faca de serra em baixo da mesa, eu diria que você está se simpatizando comigo X-04!

Ashy colocou sutilmente a faca de serra em cima da mesa e desviou o olhar para o jardim.

— Insolente! _ murmurou sem expressão.

— Mamãe! Mamãe! _ Jason veio correndo  eufórico, se jogando nos braços de Avril. _ Onde você esteve? Eu senti saudades!

— Querido... _ Avril o encarou nos olhos, expremendo as bochechas do pequeno. _ Eu também senti muito sua falta, mas  a mamãe terá que viajar.

— Para onde mamãe? Me leve com você, por favor!

— Eu não posso levar você, mas assim que eu voltar, vamos a onde você quiser.

— Sério? Então vamos ver as montanhas da Suíça novamente.

— Como você quiser meu anjo!

Avril sorriu, mas o filho ainda parecia querer dizer algo.

— Mas mãe...

Avril sentou no chão com as pernas dobradas e encarou séria o filho, os familiares ficaram em silêncio observando o decorrer do diálogo que tomaria um novo rumo.

— Eu vou atrás de uma pessoa que machucou nossa família! É meu dever, Jason, proteger todos... Tio Maick, Tia Charlotte... Você não poderá os ver mais por causa desse homem! Eu não posso levar você porque será perigoso. Pode ser que eu não volte mais se as coisas derem errado... Então eu preciso que você seja um bom menino e proteja nossa família enquanto eu estiver fora. Você pode fazer isso por mim?

Jason ficou em silêncio encarando os olhos da mãe, ele se lançou nos braços dela, a arrebatando em um abraço.

— Mamãe, eu vou proteger todos! Serei um bom menino, então seja uma boa mãe e volte para mim, okay?

Ashy riu baixo sutilmente e Henry a olhou de solaio, era como se a mulher ja esperasse esse tipo de reação adulta e protetora da criança.

— Eu não posso prometer, mas eu juro de coração, que farei o possível e o impossível para voltar para você!

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