A busca

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Depois de receber aquelas novas informações é que Johnson não conseguiu dormir mesmo. Sono para ele, depois do desaparecimento da filha, era algo muito raro e isso estava a afetar fortemente a sua condição de saúde. Aquele oficial já havia perdido mais de dez quilos desde que chegou no Afeganistão.

No horário combinado, às 3:30, ainda antes do amanhecer, ele foi até o quarto de Nazir, que já estava a esperá-lo e eles partiram para o estacionamento, entraram no carro e foram em seguida para a base militar. Durante o trajeto, ele falou para o guarda-costas sobre a suspeita de que Caivan pudesse estar envolvido com atentados terroristas realizados na capital, fala essa que o assustou, quando ele respondeu:

- Eu realizei algumas buscas sobre Caivan, como sempre faço quanto há pessoas envolvidas de origem afegã com os meus clientes senhor e não encontrei nenhuma informação relevante sobre ele.

- As informações que me passaram são secretas Nazir. Eu demorei muitos dias para ter acesso a eles exatamente pela sua alta restrição. São relatórios do serviço secreto americano. Se isso procede, certamente, você não teria encontrado essa informação.

- Digo ao senhor que não encontrei nada que pudesse levantar suspeitas sobre Caivan. Se ele está envolvido com esses grupos, ele consegue fingir muito bem, porque nos momentos que estava comigo ele demonstrava ser um homem acima de qualquer suspeita.

- Normalmente essas pessoas são assim Nazir.

- Eu sei disso senhor. Infelizmente tenho que concordar que essas pessoas são muito boas de disfarces.

Minutos depois eles chegam no quartel do exército, entram naquele espaço, vestem as roupas e colocam os coletes que seriam usados na operação e partem em três carros militares blindados para aquela região em que o veículo que perseguiu Aisha e Nazir foi encontrado.

A adrenalina da equipe estava muito alta naquele momento, como era de costume em uma abordagem que poderia gerar resistências. Eles chegaram então no local indicado e pararam os blindados na rua, no momento em que se viam os primeiros raios de sol no horizonte.

A primeira equipe desceu do carro que foi estacionado um pouco antes da casa, em uma rua estreita da periferia da cidade, enquanto os outros blindados paravam logo atrás. Aqueles primeiros homens que descerem, foram em direção a porta do endereço de registro do carro em que havia perseguido Nazir e Aisha.

Ao bater na porta, um homem jovem surge na parte de cima daquela casa e os oficiais do segundo carro, ordenam que ele levante as mãos e se renda. Em resposta aquele jovem levanta as mãos e fica imóvel, quando os militares ordenam que a porta seja aberta e ele responde:

- Eu estou aqui sozinho senhor. Como vou fazer para abrir a porta?

- Não precisa, nós a arrombaremos. Gritou um dos militares que estava em frente o portão daquela casa.

Nesse instante, um militar pegou o instrumento utilizado para arrombamento e quando se aproximou da casa, granadas começaram a cair do segundo andar em direção e eles.

Como reação, os militares que viram aquelas granadas a cair gritaram para que aqueles homens saíssem, pois tudo iria explodir. Nesse momento, o jovem que estava com as mãos para o alto, se aproveitou de toda aquela movimentação e saiu correndo para se esconder, enquanto os militares estavam preocupados com os seus companheiros de operação que estavam em perigo em frente a aquela casa.

Tentando salvar suas vidas, aqueles homens que estavam em frente o portão da casa, correram e pularam, quando, logo em seguida, aquelas granadas começaram a explodir, gerando um verdadeiro caos naquela rua estreita de um bairro simples da cidade.

Casamento forçado e abusivo IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora