A ação desesperada tomada por Caivan

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Para todas aquelas pessoas presentes, ao ver Aisha desacordada, estava claro que ela não suportaria mais um castigo como aquele. O fato dela ainda ter mais dois dias de punição, claramente, a levaria a morte. Diante da debilidade que se apresentava, se conseguisse acordar de novo depois da situação em que se encontrava, já seria lucro para ela.

Os homens mais revoltados com o crime que ela cometeu, aplaudiram aquele carrasco após ele ministrar aquele castigo de forma exemplar. Com o chicote nas mãos, aquele homem estava feliz e sorridente, por ter, na sua concepção, realizado o seu trabalho da melhor forma possível.

A notícia de que Aisha saiu do castigo muito machucada e inconsciente não demorou muito a chegar aos ouvidos de seu futuro esposo. Caivan entrou em grande desespero em sua cela quando recebeu a notícia de que ela foi novamente carregada desacordada para a prisão. Eu preciso arrumar uma forma de salvar Aisha. Com certeza ela não vai mais suportar um novo castigo.

Para tentar conseguir mudar aquele cenário ele pediu uma audiência com o juiz. Tal pedido foi aceito e ele teve a oportunidade de argumentar a ação que desejava que eles tomassem nos próximos dias, pois essa era a única forma de salvar a vida de sua amada.

Ao ficar frente a frente com o juiz que o condenou, acompanhado de dois homens que estavam a vigiá-lo, ele tentou interceder:

- Senhor, a minha futura esposa saiu muito fraca da última punição. Esse castigo está a ser muito severo até para mim que sou homem. Eu peço ao senhor que tenha clemência. Não deixe a minha futura esposa morrer assim. Eu faço o que os senhores quiserem se for para deixá-la viva após esses castigos.

- Eu não fiz nada de mais Caivan. Tudo o que fiz é o que foi discutido em julgamento pelos três juízes presentes. Você mesmo sabe que o que fizeram foi muito grave e que a pena comum para o ato criminoso que vocês cometeram é a pena de morte por apedrejamento. Condenamos vocês a uma pena branda pelo erro que cometeram.

- Sei que os senhores foram muito bondosos conosco, deixando que tivéssemos alguma chande de sobreviver depois do castigo. Mas, isso está muito severo para ela senhor. Por favor, repense na sentença que foi dada. Eu ainda tenho muito a oferecer ao nosso exército e farei isso com toda a lealdade do mundo. Mas, preciso me casar e saber que a minha esposa ficará bem. Caso essas punições continuem nessa proporção a minha esposa pode ter problemas de saúde contantes e não ficarei tranquilo em um campo de batalha com a minha esposa inválida em casa por algo que eu cometi de erro.

- Senhor Caivan, eu o respeito muito e sei que já fez muito pelo nosso grupo. Mas, se Aisha não tivesse aceito se deitar com o senhor isso não teria acontecido. A culpa é também dela que deixou que isso acontecesse. Por isso aplicamos um castigo justo, para vocês dois com o mesmo número de golpes. Eu não estou entendendo porque o senhor está questionando.

- Senhor juiz. A culpa maior por tudo o que aconteceu foi minha. Aisha não sabia que eu era casado. Se soubesse tenho certeza que ela não teria se aproximado de mim. Fui eu que induzi ela a fazer isso. Ela não tem culpa de nada.

- Mas é claro que ela tem culpa. Uma mulher não pode se deitar com um homem antes do casamento.

- Eu a seduzi para que ela fizesse isso senhor. Eu a levei a esse ponto. No dia anterior ao que ela iria embora, eu, completamente apaixonado e louco de desejo a seduzi para que ela se deitasse comigo e ela não conseguiu se controlar.

- Pois deveria ter se controlado. Uma mulher não pode agir dessa forma, sem pudores. Nós já decidimos senhor Caivan, Aisha é culpada e deve ser punida pelo que fez. Ademais, a comunidade está muito revoltada com a situação, caso ela não seja castigada de forma exemplar, a revolta será muito grande por parte da maioria do nosso grupo.

Casamento forçado e abusivo IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora