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[ 25 de março, quarta-feira ]



 
  Estou revisando uma matéria debaixo de uma árvore, no gramado. O sol está quente pra caramba, mas a sombra está fresca e tem uma brisa soprando, o que torna o dia agradável de modo geral. Apóio o caderno na barriga. Também consigo apoiar pratos, canecas e algumas outras coisas — é como ter uma mesa embutida portátil. Um dos girinos chuta ou soca. É estranho, mas acho que sentirei falta disso.

  — Eu sei, está quente — digo. Conversar com os bebês costuma deixá-los animados. — Deve ser meio sufocante aí dentro, com duas outras pessoas, mas pelo menos estão na água — recebo mais chutes. — Como é? Está dizendo que quer um milkshake de oreo? Olha só, não é má ideia... Nós merecemos uma recompensa por todo esse estudo, certo? — mais chutes. — Ok, ok, vamos comprar um milkshake. Mas não pense que vai conseguir tudo o que quer sempre, mocinho. Ou mocinha. Ou seja lá o que você for. Seria legal saber qual de vocês está me golpeando. Oh? O que disse, neném? Deveríamos comprar um donuts também? No cartão do papai? Você está cheio de boas ideias hoje!

  — Falando sozinha?

  Olho para cima. Não ouvi o Nathaniel se aproximar, mas aqui está ele, me olhando como se eu fosse doida.

  — Nunca estou sozinha — respondo, acariciando minha barriga.

  — Posso me sentar?

  — Huh... Tá. Tudo bem.

  Abro espaço, fechando o caderno e o deixando de lado.

  — Como tem passado? Se me permite dizer, você é a grávida mais bonita que já vi.

  — Valeu, mas não acho que elogios sejam apropriados na nossa situação.

  — Estou falando numa boa — ele levanta as mãos. — De qualquer forma, soube que vão alugar o apê e queria falar sobre isso. Posso conseguir uma inquilina para vocês.

  Estreito os olhos.

  — Por que iria querer nos ajudar?

  — Já disse que me arrependo do que fiz — solta o ar pela boca. — Além do mais, estou unindo o útil ao agradável. Bom, não tão agradável assim, mas enfim. É minha irmã. Ela vai vir para cá ano que vem e não quer ficar no campus.

  — Por que não moram juntos, então?

  — Porque só tenho um quarto e não quero que a Ambre esteja nele quando eu levar garotas para lá. E nós brigaríamos demais sob o mesmo teto, sabe como é.

  — Não vejo porque seus pais pagariam aluguel pra sua irmã, sendo que acabaram de financiar um apartamento pra você.

  — Eles têm muito dinheiro, Ari, e minha irmã é uma mimada de marca maior — revira os olhos. — Se eu convencê-la a se mudar pro seu apê, meus pais vão concordar na mesma hora, acredite.

  — Isso é ótimo, Nate — esboço um sorriso gentil. — Obrigada.

  — Não há de quê. Confesso que fico um pouco triste por você se mudar. Já arranjaram um lugar?

  — Ainda não, mas um corretor vai nos mostrar opções disponíveis na semana que vem — me levanto com uma dificuldade um tanto quanto constrangedora. — Se sua irmã realmente quiser ficar com nosso apartamento, me avise, ok? Agora, preciso ir. Tchau, Nate.

                     
                

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  — Tira a camiseta, quero tentar um lance que vi na internet.

  É a primeira coisa que Castiel diz quando chego em casa. Deixo a bolsa no sofá.

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