ESTRELAS

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O babá precisou fechar os olhos e tentar acalmar o coração novamente para assimilar aquela cena. Mais uma vez aquilo foi em vão, os irmãos Falconi só poderiam ter montado uma conspiração, e ele era o alvo central disso.

Como aquele moreno era gostoso, aquele rosto com aquela boca carnuda, aqueles braços, o peitoral, aquelas pernas, três pernas a bem da verdade. Se um dia Allan tivesse cumprido as promessas de enviar para o rapaz a imagem do pênis com toda a certeza o rapaz do interior acreditaria tratar de uma montagem, era um pau e tanto que o brutamontes possuía, acompanhado de um um belo saco com dois testículos bem marcados.

- Puta que o pariu- Pensou alto tirando um sorriso de Allan, o cretino fingia que estava dormindo- Você passou de todos os limites dessa vez Allan, todos os limites da gostosura.

O brutamontes abriu os olhos e lentamente se espreguiçou sorrindo, algo tão falso como o seu sono, ele havia ensaiado aquela cena outras três vezes. O que Benício não sabia e acabou achando a oitava maravilha do mundo moderno.

- Como você demorou roceiro, acabei pegando no sono na sua cama.
- Eu não vou conseguir prestar atenção em nada que você disser, enquanto estiver assim na minha cama.
- Essa é a minha intenção, te deixar com a boca vazia de palavras e cheia de outra coisa- Falou isso alisando o pênis.
- Por favor cara, não faz isso comigo. Não assim, não aqui.
- Eu não comecei a fazer nada com você, na verdade hoje quem vai fazer tudo é você, mas não aqui- Allan se levantou deixando Benício desesperado para tocá-lo, colocou a sunga branca, abriu o guarda-roupa e tirou uma sacola de dentro.

Ben seguiu sem entender o que Allan estava fazendo, viu o brutamontes abrir a janela do quarto e pular, em seguida viu a mão do amigo estendida para ele, acabou seguindo o amigo e pulando para o lado de fora da casa.

Allan aparentemente tinha um plano muito bem arquitetado, encostou as janelas do quarto e abriu o portão com a chave reserva da casa roubada logo após a conversa com Fatinha das coisas de Tubarão.

Saiu na rua e esperou Benício vir ao seu encontro para fechar o portão.

- Allan, o que você está pensando? E se  alguém nos procurar?
- Roceiro vamos voltar antes de todo mundo acordar e qualquer coisa minha mãe vai nos dar cobertura. Ela é a rainha em criar histórias para me tirar de furadas. Agora vamos rápido!

Os dois rapazes foram correndo pelo caminho que Benício reconheceu depois ser o que dava na praia. Viu o brutamontes correndo a frente e resolveu eliminar qualquer tipo de pensamento que condenasse ou atrapalhasse aquela aventura.

Queria Allan, tanto como o Allan o queria, sabia que era algo que não poderia mais ser protelado, decidiu correr a frente do rapaz deixando agora Allan excitado com a vista a sua frente.

Chegaram na praia que agora estava absolutamente deserta, Allan seguiu correndo para uma região mais discreta e com pouquíssima iluminação, queria ter o máximo de  privacidade possível para o que pretendia fazer.

Tirou da sacola um lençol branco e um cacho de uvas, também tirou um par de preservativo e um pote com lubrificante. Ben condenou o rapaz por ter premeditado tudo aquilo.

- Não me condene roceiro, eu falei que ia ser especial.
- Estou percebendo, e estou me acostumando com a ideia. Eu só tive uma relação na vida Allan, quero que saiba disso, pois não tenho experiência nenhuma, mas quero muito você.
- Não quero que pense no que aconteceu no passado, eu sou o presente roceiro, e garanto que nada que aconteceu antes vai se comparar a nós dois juntos.
- Convencido.
- Sou sim, de que você é a pessoa mais deliciosa que eu já tive nessa vida. Em todos os sentidos roceiro, gosto da sua ingenuidade, da sua sinceridade, você é lindo rapaz- Falou isso tocando os  lábios de Benício com os seus- Quero dar um mergulho, vamos? Mas antes preciso te falar que sunga só serve para banho de dia, banho a noite precisa ser peladão, então trate de parar de ficar de cu doce me ouviu? - Falou isso enquanto estendia o lençol na areia, se surpreendeu ao terminar de falar e ver que Benício já estava de frente para a água, muitos metros a sua frente e que havia deixado ali próximo a ele a sunga que usava.

QUERIDO BABÁ (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora