CABINE

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- Eu te amo.

Ben e Alex estavam jogados no box do banheiro quando o babá soltou essa declaração ao policial bonitão.

- Eu também- Correspondeu Alex, apertando o babá em seu abraço.
- É muito louco, eu as vezes me acho o cara mais sortudo do mundo. Ter isso aqui é melhor do que ser famoso, ter uma casa em Miami, ou ganhar uma copa do mundo.
- Bom, sobre a fama, ou a casa de Miami eu até concordo. Agora eu bem que te trocaria por uma copa do mundo.

Ben tentou se soltar de Alex, mas com a mesma pressão que tentou sair, acabou  preso nos braços do homem.

- Eu tô zuando. Isso aqui tudo é muito forte pra mim também. E fico besta em perceber como perdi tanto tempo num casamento fracassado, podendo aproveitar a vida ao lado de um amor verdadeiro.
- Hum, não foi tão ruim assim- Ben refletiu.
- Por que?
- Por mais que você tenha sofrido, tudo acabou cooperando pra que nos encontrássemos. Talvez com uma outra mulher, vivendo uma outra vida, nunca nos esbarrássemos, e mesmo que nos encontrássemos ao acaso, você nem me notaria.
- É claro que eu te notaria, é impossível não notar você. É por isso que as vezes fico puto. Lá na praia se tu tivesse noção de quanto cara quebra o pescoço quando tu passa com essa bunda. Eu nunca imaginei que o mundo tivesse tanto viado incubado assim.
- As vezes é só curiosidade.
- Que eles tenham curiosidade com o cu da mãe.
- Que horror.
- Foi mal, mas como estava falando, era óbvio que te notaria, e se tivesse a possibilidade de trocar um dedo de proza contigo, certamente me veria desse mesmo jeito, gamado na sua. Porque no visual, o seu corpo encanta, mas ele por si só não basta, a não ser que você seja um tarado da vida, mas te conhecer de verdade, a fundo, descobrimos sua alma que é muito mais bonita e hipnotizadora. É difícil não te amar rapaz.
- Cara, é por isso e muito mais que te amo também. Só que a gente precisa se amar com menos barulho. Tô com vergonha de olhar os vizinhos amanhã. Acho que fizemos barulho demais.
- É mesmo?

Ben nesse momento sentiu o pau de Alex ganhar volume em sua retaguarda.

- Você nem pense, eu tô todo ferrado, todo assado, e literalmente todo fudido, essa de agora valeu por umas dez.
- Bom, eu concordo, valeu por dez, mas nosso trato eram quatorze.
- Que quatorze meu, tu tá maluco?
- Cara, tá todo mundo de prova que tu falou que ia me dar quatorze vezes.
- Que todo mundo? Tu tá muito doido.
- Todo mundo, a aposta era você acertar a cor da cueca e não acertou até a décima quarta vez. Logo, você tá me devendo.
- Devendo? Quem tá me devendo é o senhor. Uma boa explicação pra andar sem cueca na Fire.

Benício falou isso irritado, conseguindo se livrar dos braços de Alex.

- Fica sussa que ninguém percebeu. Nem tu percebeu quando me viu, e olha que meu piru já tava ficando duro. Agora vem aqui pro pai.

Alex puxou Benício para um beijo irresistível, o babá correspondeu ao policial que acabou aproveitando para tirar uma casquinha maior.

Ben teve que escorregar pelo corpo do homem, para conseguir fugir da vara que estava pronta para lhe usar novamente.

- Para de me evitar cara. Isso é feio. Sou teu homem, não sou?
- Alex eu não estou evitando. Na verdade eu tô tão louco quanto você por isso, mas...

Era tarde demais, a confissão de que também estava excitado fez com que Alex, não brincasse em serviço e rapidamente encontrasse o caminho que tanto queria. Ben traído em suas próprias emoções resolveu não resistir, não ao ataque de Alex, e sim ao seu desejo incontrolável que tinha em se fundir com aquele homem mais uma vez.

Contudo, mesmo com uma penetração mais cadenciada, o babá demonstrava no corpo sinais de esgotamento, sua respiração era cansada, e cada vez que Alex tinha o piru envolvido em seu corpo, Ben sentia mais dor que prazer. O policial percebendo isso parou a transa e foi pro outro canto do box com cara de menino aborrecido.

QUERIDO BABÁ (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora