PRESTAÇÃO DE CONTAS

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Allan ouviu o questionamento do babá e sentiu um frio no estômago, não sabia ao certo como sairia daquela confusão criada por ele mesmo.

- E então, vai ficar mudo agora? Quero saber o que está pegando entre você e o marido do Cadu.
- Não tô mudo não porra, tô é gemendo de dor, não tá vendo? Faz uma massagem agora vai, o meu menino tá bolado contigo.
- Ninguém manda ser idiota.
- E ainda me ofende. Vem me faz uma massagem pra ver se essa dor do caralho passa.

Ben se levantou da cama atendendo o chamado do namorado.

- Tudo bem, abre a perna- Allan afastou as pernas conforme pedido de Benício- Abre mais porra.
- Não consigo, tá doendo.
- Nunca pensei que fosse tão frouxo, afasta vai.
- Vou te mostrar o frouxo assim que melhorar. Eta porra o que está fazendo? - Allan sentiu Ben colocar o pé sobre o seu saco e começar a massagear os seus ovos, seu pau ficou pendendo para  o lado direito acompanhando o toque que recebia- Caralho, que delícia isso, vai me deixar excitado cara, a pica tá doendo ainda pra isso.
- Fecha os olhos
- Fecho, mas cai de boca nas minhas bolas vai, chupa o saco do teu grandão. Ai Viado- Allan soltou um grito ao sentir Ben pisar com força em seu pau- Filho da puta, eu vou gritar por socorro, você quer me aleijar seu desgraçado.
- Me responde agora. Qual a tua com o Daniel?

Allan derrubou Benício de bunda no chão, o puxou pelo braço e o beijou com fúria. Movimentava o corpo possesso, pelo tesão, Ben lhe dava a liberdade que ele buscava, amava a pegada, mas foi Allan tentar penetrá-lo pra ele se soltar do rapaz.

Foi para a cama e viu Allan se levantar com o pau engessado apontando para o alto.

- Eu quero te fuder, eu vou te fuder.
- Não vai, não mais. Quero saber agora o que está rolando entre você e o Daniel.
- Mas que porra Ben, vai empatar nossa foda deliciosa querendo saber desse cara. Brochei, vou até tomar um banho.
- Allan Falconi, você está se complicando. Vocês transaram?
- Você tá maluco. Não viaja cara.

Ben percebeu que Allan estava sendo sincero.

- Voltaram a conversar então?
- Merda nenhuma, não quero saber de nada daqueles dois.

Ben percebeu a mentira, Allan como boa parte das pessoas tinha a mania de oitavar a voz quando estava mentindo.

- Se beijaram? Se pegaram?
- Ah vá se fuder, pensa o que quiser. Já saquei a sua, está querendo virar o jogo, é você que está com fogo no cu com meu irmão e tá tentando virar a mesa.

Novamente o rapaz oitavou a voz.

- Filho da puta, você me traiu com o Daniel. Que moral você tem pra me questionar qualquer coisa Allan Falconi? Vira esse pau pra lá, vai ter que se contentar em ficar na punheta a partir de agora.
- Cara não viaja.
- Allan eu sei quando está mentindo, você não transou com ele, mas rolou conversa, beijo e pegação. Que vádios.
- Roceiro...
- Confessa porra.
- Como você percebeu?
- Meu querido, é meio que difícil para qualquer ser humano assistir vocês dois juntos e não sentir a tensão sexual envolvida entre vocês dois. Chega a ser excitante.
- Você se excita?
- Não... Sim... Não sei- Benício tentou refletir com o questionamento confuso do namorado.
- Mas isso não é certo porra, você deveria estar possesso de ciúmes, não com tesão.
- Talvez, mas a forma como aquele cara te despe e te come com olhos tira o equilíbrio de cada um. E você não fica pra trás seu safado, o procura, o que acaba o provocando, ficam num jogo baixo um com o outro.
- Você é o demônio sabia.
- Teu cu, e não chega perto de mim.
- Ué, pensei que tinha gostado de saber que rolou algo entre nós.
- Allan tu é muito folgado, uma coisa é o campo das ideias, outra bem diferente é saber que o meu namorado se pegou com o marido do meu grande amigo debaixo do nosso nariz.
- Mano eu não queria, te juro. O cara é que forçou a situação.
- Sem essa Allan, quando um não quer dois não brigam. E pelo que vi, vocês ficaram sem brigar exatamente vinte e três minutos, esse foi o tempo exato que ficaram fora do quarto.
- Você é foda roceiro.
- Você precisa decidir o que quer da sua vida. Pelo que vejo esse cara mexe muito contigo, tanto como eu sei que mexo. E eu te entendo aquele homem é um absurdo de lindeza.
- E agora, o que vai ser?
- Primeiramente você precisa se acertar consigo mesmo, ou seja com esse pau bem longe de mim. E depois tomar uma decisão. Se quiser ficar comigo, mas só comigo, eu estarei aqui, como estou agora. E de ausente você não pode me acusar, nos tornamos os melhores namorados, maridos e amantes nos últimos tempos. Agora se quiser ficar com ele lá, aí é outro problema, porque eu não sei o que aquele cara quer de fato. Só vou achar uma puta sacanagem se vocês ficarem fazendo o Cadu de otário.

Allan se deitou na cama ao lado de Benício.

- Eu não tenho escolha nenhuma a fazer roceiro, minha escolha sempre foi e sempre será você. Eu queria ter esse coração lindo que você tem sabia, desculpa ter duvidado de você- Falou dando um selinho no rapaz.

- E digo mais, não existe motivo algum na vida de trocar o certo que estamos construindo aqui por algo tão duvidoso, sem contar que eu gosto de meter, esse papo de ficar tomando rola no cu não é comigo não.
- Sei- Respondeu Benício com ironia.
- Bandeira branca, aceita?
- Aceito.

Allan puxou Benício para um demorado beijo, mas foi surpreendido logo pelo babá.

- Aceito sua bandeira branca, mas hoje o que eu tenho pra você é o meu cartão vermelho. Boa noite queridão.

Allan terminou a noite ali, abandonado a própria sorte, insaciado, mas com a impressão de que tinha saído no lucro de toda aquela confusão. De qualquer forma sabia que tinha muito o que pensar, a resposta que tinha dado a Benício, foi sincera, mas no calor do momento, sentia algo fora de controle pelo outro casal e saberia que nem sempre contaria com a sorte de alguém interrompê-lo como aconteceu no hospital.

Em seguida pensou no desapego demonstrado pelo babá, aquela não era uma atitude esperada de uma pessoa que se ama. O certo era Benício dar um chute no seu rabo pela patifaria que havia executado. Resolveu não problematizar mais nada naquela noite, nunca foi disso, não seria agora que iria se prestar a tamanho papelão.

Tentou dormir, mas seu tesão era insaciável, bateu então uma antes de dormir, gozou forte, a ponto de fazer Benício se revirar na cama com o movimento do namorado, sua inspiração era o seu maior problema, sua cabeça girava em torno do babá, Cadu e de Daniel.

QUERIDO BABÁ (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora