FANTASMAS

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Assim que conseguiu recuperar as forças nas pernas Tubarão se levantou, limpou ligeiramente a porra que havia se espalhado pelo tatame e sua coxa esquerda e  correu ao quarto as pressas.

Trancou a porta com chave se jogou na cama e desceu o short que vestia até a altura do joelho, não queria perder aquela sensação maravilhosa, queria perpetuar aquilo para sempre.

O pau ainda estava duro e pulsante, sentia faíscas de fogo saindo de seu próprio corpo, se contorcia pela cama evitando se tocar novamente, imaginava aquela raba toda passando pelo seu corpo como minutos antes, como era gostoso aquele rapaz.

Pronto, foi pensar nisso para o policial pegar no cassete com as duas mãos e dar início a uma punheta daquelas, o pau já estava duro e pronto para gozar novamente. Colocou um travesseiro entre as pernas e imaginou a cabeça de Benício, se controlava com o que podia para não invadir o banheiro e comer o rapaz como tanto desejava.

Virou de bruços e simulou uma transa, aquilo era a coisa mais ridícula que ele havia feito na vida. Voltou a trabalhar exclusivamente com as mãos, precisava ter pressa, mas sabia que se estivesse com Benício aquilo não chegaria ao fim jamais, isso se dependesse exclusivamente dele.

Gozou novamente, sentindo uma explosão maravilhosa em seu corpo, era inacreditável o tesão que ele estava sentindo por uma outra pessoa aquela altura da vida. Brincou com a própria porra por alguns segundos, até que escutou Ben batendo na porta.

- Você não foi dormir né Alex? Eu tô indo buscar o Julinho em trinta minutos.

Tubarão não respondeu apenas segurou o pau com força, como se mostrasse o que ele tinha guardado ali para o babá.

Mas logo lhe surgiu uma culpa por toda aquela loucura, aquela culpa que sempre o perseguia.

Resolveu tomar um banho, não daria mais espaço ao tesão, mas também não ficaria se martirizando pelo que havia feito.

Limpou toda a bagunça da noite anterior e saiu em seguida com Benício. Foram buscar Julinho para as últimas compras de fim de ano.

Na casa de Fatinha, Ben e Tubarão ainda ficaram por algum tempo. O babá justificando a sua permanência na casa do chefe na noite anterior (mesmo sem ter contado da briga com Thomaz a Alex), e Tubarão conversando com a mãe.

- E então? Já se resolveu?
- Sobre o que dona Fatinha?
- Não se faça de imbecil, já se resolveu ou não?
- Tô resolvendo, me resolvendo. Tô afim de arriscar mãe, nas últimas horas fomos do inferno ao céu, e é sério, não quero perder isso. Tô apaixonando, tô apaixonado porra, apaixonado mãe- Falou sorrindo, fazendo com que a mãe pedisse silêncio- Tô começando a crer que pode valer a pena, sabe? Mãe só de tocar nesse cara eu fico louco, tá foda me segurar e quer saber, foda-se todo mundo, meu pai, a sociedade, foda-se geral, eu quero esse cara pra mim. Tô planejando contar pra ele o que eu tô sentindo, acho que vou fazer isso no natal, acho não, vou fazer isso no natal, ou você acha melhor fazer isso de uma vez. Chamar pra conversar e dizer tudo.
- Espera o seu tempo certo meu filho, não quero que se arrependa depois. Só me promete uma coisa.
- O que?
- Que não vai rolar nada entre vocês até que o Allan esteja fora disso.
- É sério isso? Você sabe que ele nunca esteve dentro disso?
- Você tem certeza disso? Ele gosta do Ben, e o Ben gosta dele. Eu não sei o tamanho disso, mas não subestime o seu irmão meu filho, e não o faça sofrer.
- Tá legal, pode deixar que o seu filhinho não vai sofrer com nada disso, agora deixa eu ir, vou sair com a minha família- Falou novamente sorrindo.
- Assim espero. Agora calma aí, o que é isso no seu pescoço? Onde você achou isso?
- Não achei, eu comprei, qual o problema nisso? Que espanto é esse?
- E comprou de quem Tubarão? Não minta pra mim, como conseguiu isso, andou fuçando as minhas coisas? Cadê as outras partes?
- Que porra é essa? Como você sabe que isso tem outras partes?
- Me responde Tubarão, onde achou isso, faz anos que não via.
- Eu já disse que comprei essa porra, comprei de uma velha. Ela me vendeu as três partes por um preço super em conta.
- Isso só pode ser uma brincadeira, onde você encontrou essa mulher? Tem certeza que era uma mulher?
- Qual foi mãe? Eu reconheço uma mulher idosa né?
- Onde você encontrou essa mulher?
- Mas que gritaria é essa aqui Dona Fatinha? - Allan chegou acompanhado de Benício para saber o motivo da gritaria.
- Não é nada, eu só imaginei ter encontrado uma coisa antiga- A mulher falou olhando no pescoço de Benício a segunda parte, e encarando novamente o filho do meio- Bom, pra quem queria pegar o shopping vazio, eu acho que vocês estão atrasados.
- Aí mano Tuba, vou com vocês, tenho que comprar umas roupas também e o presente do meu roceirinho aqui.

QUERIDO BABÁ (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora