QUEDA LIVRE PARTE 4 (CAPÍTULO ESPECIAL)

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- Senhor, se controle, Senhor não quebre- O atendente agora estava desesperado, acabou por pegar o telefone tremendo de nervoso, enquanto via algumas pessoas tentando controlar o homem, a supervisora por sua vez tomou o telefone de sua mão, discou apenas três números e logo uma voz masculina a atende.

- O que foi Roberta?
- Tem um louco aqui embaixo seu Rômulo, ele tá quebrando tudo.
- E você já chamou a segurança?
- Chamei sim, mas os homens não vão dar conta dele, o cara está incontrolável.
- Que merda cara, eu não tenho direito há um minuto de descanso. Já tô descendo. Já chama a polícia também caralho.
- Sim Senhor.

Rômulo saiu de sua sala apressado, quem seria o tal louco e o que o levou a isso? Pegou o elevador e rapidamente se dirigiu a recepção. Antes mesmo da porta se abrir ele pode escutar a gritaria do tal irresponsável. Sentiu o coração sair pela boca quando percebeu que o tal maluco gritava por Débora, a mesma Débora que havia sido demitida do hospital meses atrás e com quem ele mantinha um caso extraconjugal há cerca de um ano.

O homem de quarenta e cinco, de pele clara, com cerca de um metro e oitenta centímetros e porte atlético saiu do elevador, pegando diretamente o seu celular, ainda assustado discou aqueles números, os números da sua loira fatal. Chamou pela primeira vez e nada, chamou pela segunda e mais uma vez não deu em nada. Onde Débora estaria?

Na terceira tentativa Débora atendeu.

- O que foi meu querido, já acabou aí?
- Débora, onde Diabos você se meteu? E o que o porra do seu marido tá fazendo aqui no hospital quebrando tudo? O meu pai vai me matar depois disso? Ele vai me matar e me deserdar Débora.
- O Tubarão está aqui? Mas que merda é essa agora cara, calma que eu vou resolver isso.

Débora largou o bisturi sobre a mesa, em sua frente tinha Benício ajoelhado perdendo muito sangue, queria dar um fim aquela situação, mas antes teria que dar um jeito no imbecil do marido.

Correu rapidamente até a recepção, não teria tempo de entender primeiro o que estava acontecendo, mas ela daria um jeito, ela sempre arrumava um.

Ao chegar na recepção ela encontrou o próprio caos instaurado, Tubarão por algum motivo gritava desesperado pelo seu nome. A loira respirou fundo, sendo acompanhada pelos olhares de Rômulo que assistia a tudo escondido.

- O que está acontecendo aqui Tubarão? Que merda é essa que você está fazendo no meu trabalho?

Tubarão olhou para Débora assustado, a mulher utilizava além do jaleco agora uma touca e máscara como se de fato estivesse trabalhando. O que estava acontecendo ali? Será que a tal chefe da recepção tinha cometido um equivoco?

- Aí tá vendo, como você me explica isso agora senhora, eu não te disse que a minha mulher trabalhava aqui. Olha a merda que você me fez fazer caralho, me explica isso agora?
- É você que tem me explicar que porra é essa Tubarão, eu alguma vez fiz um papelão desses no seu local de trabalho? Saia já daqui, saia agora - Débora berrou dando um ultimato ao marido - em casa teremos uma conversa definitiva.

Débora falava com autoridade a Tubarão, por mais que o homem fosse imponente, a mulher conseguia ser muito mais autoritária que ele.

Tubarão resolveu baixar a guarda, respirou fundo antes de tomar a decisão de ir embora, estava envergonhado, não sabia como explicar aquilo tudo para as pessoas que assistiam impressionadas ao espetáculo de horror gratuito que ele havia proporcionado.

Foi nesse momento que um grupo de seguranças entrou no lugar.

- O que está acontecendo aqui? Quem está causando todo essa confusão.

Roberta a chefe dos recepcionistas olhou dentro dos olhos de Tubarão. Respirou fundo e apontou seu dedo para quem os seguranças deveriam retirar dali, o que acabou surpreendendo a todos naquele lugar.

QUERIDO BABÁ (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora