KRIPTONITA

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Não, dessa vez não era nenhum sonho de Tubarão ou Benício, um tinha ao outro no plano real. Ben mesmo que muito longe da sua consciência se entregava aquele forte abraço, aqueles fortes braços. Tubarão por sua vez experimentava todos os gostos possíveis daquela relação junto a outro homem, tentava descobrir sabores desconhecidos, decifrar cada aspecto de um contato tão íntimo com alguém do mesmo sexo. Beijar Benício facilmente se tornaria um vício, aquele gosto, e aquela boca traziam cada vez mais fome de sua parte por aquele muleque.

Era um tesão absoluto também estar tendo todo aquele contato em sua cama. A cama que por tantos anos dividiu com a víbora da esposa agora estava recebendo alguém que há tempos lhe despertava tamanho desejo.

Mesmo ainda vestidos os dois desfrutavam de um prazer absurdo, a pele fina das fantasias já dava a impressão de que ambos estavam completamente nus. Mas porque ficar com a impressão, se poderiam contemplar a própria realidade?

Tubarão fez esse questionamento a si mesmo e logo estava ele abrindo o zíper na parte da frente da roupa de Benício. Conforme descia a roupa parava para lamber e chupar cada pedaço daquele corpo, ele não tinha pressa para transar com Benício, queria explorar tudo o que lhe fosse permitido, mesmo que isso demorasse, dias, meses, anos ou mesmo a eternidade.

Se sentia pleno, preenchido enquanto macho, não somente por ter alguém tão lindo quanto Benício em sua cama, mas pelo fato de saber que ali tinha alguém que o amava, sim Ben o amava como ele era, com todos os seus defeitos.

Seu pênis explodia na calça, quão saborosa seria a sensação de ver o pau sumir na boca do rapaz. Foi com esse pensamento que desceu a fantasia ao ponto que o seu membro ficou exposto, pronto a encontrar abrigo.

Puxou Benício novamente para um beijo, um beijo forte, agarrado, Alex sentia um desejo tão forte que temia machucar o rapaz. Tinha novamente os seus dedos presos na bunda do dele, era gorda, pesada, muito gostosa. Desceu a roupa do babá, a ponto de metade daquele rabo ficar aparente, virou Ben de costas, e começou a beijar todo aquele corpo, o suor de Benício tinha um gosto levemente salgado, com uma leve acidez adocicada, desceu o rosto até sentir aquele monte inclinado se formando. Era ela, a sua taça de copa do mundo, a sua medalha de ouro olímpica, o seu troféu mais esperado, era a bunda mais perfeita que ele já tinha visto.

Ele se levantou da cama, viu que Ben já não o correspondia, o álcool a essa altura já havia o derrubado, era a sua grande oportunidade, ele tinha fome, e aquilo seria a única coisa no mundo que o saciaria, toda aquela situação se tornava o tempero perfeito para que ficasse cada vez mais faminto. Aquilo era tão errado, pensou. Mas e se não fosse tão errado assim, era óbvio que Ben também o queria, não estava cometendo nenhuma maldade, apenas uma loucura.

Tentava se enganar para alimentar o seu desejo, mas sabia que o que fazia não era uma atitude correta, mesmo Ben o querendo ele não estava participando de fato daquela relação, sequer saberia do que aconteceu naquela primeira noite de novembro.

Ligou o botão do foda-se para os seus pensamentos condenadores, voltou a cama e abaixou mais da calça de Ben, fez isso com pressa, expondo agora toda a sua bunda, sim porque aquela bunda seria dele a partir de agora, somente dele. O policial tinha espasmos em todo o corpo, seria capaz de gozar sem ao menos se tocar, e não se tocou, ou a tocou, a espalmou, uma, duas, três palmadas naquele bundão. Ben se movimentou como se estivesse incomodado com a tamanha perturbação ao seu sono.

Alex acabou por temer ser descoberto, se afastou da cama que agora dividia com o rapaz e esperou toda a movimentação que Benício acabou fazendo na cama, viu o rapaz terminar deitando-se de lado, como se de uma deliciosa conchinha.

O policial tinha o coração disparado, sabia que com a bazuca que carregava nas pernas, jamais conseguiria possuir o corpo de Benício sem ser percebido, decidiu então que colocaria apenas parte da cabeça, somente isso seria suficiente para seu total prazer-  novamente se enganou, sua consciência o condenava dizendo que se ele começasse por certo iria até o fim.

QUERIDO BABÁ (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora