PRIVACIDADE

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- Como é que é? Estava o que e com quem?
- Não se faça de sínico rapaz eu já sei do que tá rolando entre você e o Allan. Era com ele que estava agora não é? Fazendo as suas nojeiras.

Ben ficou chocado ao perceber que Alex já havia descoberto de seu envolvimento com Allan, mas não deixaria jamais que o policial utilizasse o esquecimento de Julinho como justificativa para se intrometer em sua intimidade.

- Onde está o Julinho?
- Agora você se importa com ele? Durante todo o tempo que esteve com o desgraçado do meu irmão, brincando de esconde esconde, você não se lembrou do menino, não se lembrou que tinha um trabalho a cumprir, seu irresponsável de merda.

Débora acompanhava os ataques do marido agora lixando as unhas da mão direita, dava gargalhadas ao perceber a briga que se iniciava na sua sala.

- Do que é que você está falando Alex? Eu não estava com o Allan, estava... - Foi interrompido pelos gritos do chefe.
- Não me chama de Alex caralho, estava se esfregando com ele que eu sei. Não minta mais pra mim porra.
- Querido não adianta, esses viados são assim mesmo, cínicos e sonsos, eu esperava mais de você Benício.
- Calem a boca vocês dois- Gritou Benício deixando Tubarão assustado.
- Agora você vê Tubarão, o viadinho mandando a gente calar a boca na nossa própria casa, que arrependimento- Débora não perdoou o atrevimento do rapaz.
- Vocês estão me acusando injustamente, eu tive um imprevisto e acabei perdendo o horário, só depois percebi que tinha esquecido o Julinho.
- Sei o tipo de imprevisto que você estava tendo, o mesmo que fez você chegar atrasado no restaurante quando estávamos na casa de praia não é queridinho? Me responde agora seu viado escroto, diz pra mim se não estava se esfregando com o Allan.

Benício acabou ficando sem reação com a acusação de Débora.

- Responda Benício, o que a Débora está falando é verdade?
- Mas o que é que está acontecendo aqui? - Gritou Fatinha entrando na casa acompanhada de Allan.
- Esse filho da puta do Allan mãe, ele e o Benício estão juntos, andam se esfregando por aí você acredita? Estavam hoje o dia todo juntos, deixaram o Julinho abandonado na creche e agora o meu filho está doente novamente- Alex falou descontrolado ameaçando Allan que não entendia nada.

Ben não acompanhou o restante da discussão foi correndo para o quarto ver como Julinho estava, encontrou o menino dormindo e queimando de febre. Se sentiu extremamente culpado pelo estado do menino, se não tivesse perdido tanto tempo conversando com Fred aquilo tudo poderia ser evitado.

Na sala Allan agora discutia com Alex.

- Você é um trouxa mesmo não é? Que papo torto é esse agora Tubarão?
- Vai negar que está se pegando com o babá seu filho da puta?
- Não, não vou negar, mas não vou confirmar porra nenhuma, o que acontece entre nós dois não é da sua conta, não tem nada haver contigo seu cuzão. É a minha vida porra- Reclamou o caçula de Fatinha.
- Viado sujo- Contribuiu Débora com a discussão familiar- Eu sempre soube que você não ia dar em nada cunhadinho de merda, mas você conseguiu se superar dessa vez.
- E você está se metendo no que em Débora? Eu tenho pena de vocês dois, pena de como são mesquinhos, pena de como são hipócritas, só vocês acreditam nesse casamento falido de vocês e ainda tentam bancar os fodões- Allan seguiu reclamando.
- Eu não tenho nada com a vida de vocês como tu bem disse Allan, mas enquanto o Benício trabalhar na minha casa ele precisa cumprir com o seu serviço. E hoje de maneira irresponsável ele sumiu o dia todo.
- E pelo que percebemos esteve muito mal acompanhado- Débora novamente contribuiu na discussão jogando uma indireta ao cunhado.
- Porra nenhuma, eu não sei o que fez ele sumir o dia todo, eu não estava com o Benício- Retrucou gritando.
- Você vai negar na minha cara isso também Allan? - Tubarão demonstrava um ódio incontrolável ao tentar se comunicar com o irmão e ver o brutamontes se esquivando, apontou o dedo no rosto de Allan, dando início aquilo que seria uma briga histórica.
- Eu até agora não entendi o que está acontecendo aqui- Falou Fatinha se sentando no outro sofá.
- A senhora sempre conivente com a aberração do seu filho caçula não é sua velha- Débora cutucou a sogra dessa vez.
- Olha como você fala com a minha mãe sua vagabunda- Allan perdeu a cabeça.
- Allan- Gritou Alex segurando o irmão pela gola da camisa e fechando a cara.
- Chega vocês três- Gritou Fatinha- Eu estou envergonhada de você Tubarão, você expôs um menino tão lindo como o Benício ao ridículo, colocou a vida íntima dele como assunto numa discussão familiar.
- Você não me entende, não é sobre eles, é sobre meu filho- Falou o policial ainda exaltado.
- Cala a boca que eu não terminei- Falou severa dando um corte no policial- É sobre tudo Tubarão, sobre o Julinho, mas também sobre o Benício e o Allan. E quer saber eu fico muito feliz por eles dois, espero que se resolvam, isso é claro se eles quiserem, o que não acredito que aconteça tão cedo conhecendo os dois.
- Não estou dizendo Tubarão, sua mãe adora acobertar os viados dos seus irmãos- Débora novamente alfinetou a sogra.
- Débora eu vou usar o meu direito de te ignorar hoje, não estou me sentindo bem para uma conversa no seu nível, mas ainda teremos uma oportunidade, sobre esse assunto, isso não te diz respeito, então por gentileza para de vomitar seu veneno- Fatinha cortou a nora de uma vez por todas.
- Mãe você não está me entendendo- Tubarão tentou argumentar.
- Não Tubarão, não estou mesmo, é impossível te entender, na verdade estou é decepcionada com isso tudo que você falou aqui, está cada dia mais parecido com o seu pai, e meu filho eu não tenho nenhum tipo de orgulho disso. Allan por favor vamos pra casa, não tenho mais nada para fazer aqui.
- É isso mesmo dona Fatinha? - O policial berrou com a mãe- Vai me tratar como um monstro e vai defender os caras que deixaram o seu neto hoje abandonado, a diretora queria entrar com uma ação no conselho tutelar porra, eu poderia perder o Julinho caralho- Tubarão falou implorando a compreensão da mãe.
- Tubarão, eu não estou defendendo ninguém, também quero saber o que fez o Benício agir assim.
- O merda do seu filho- Falou Tubarão apontando para Allan.
- Eu acho que você deveria ouvir o Benício antes de sair falando tanta bobagem. Quanto ao seu irmão, eu posso garantir que ele estava comigo durante todo o dia "no hospital", a propósito a Débora sabia disso, o Allan falou com ela logo pela manhã- Resolveu frisar a última frase deixando o filho preocupado por ter discutido com a mãe adoentada- passei muito mal logo quando acordei e o Allan de forma muito responsável me levou para o pronto socorro imediatamente, e não me deixou nem para almoçar. Viemos aqui para espairecer, para te ver, ver meu neto, mas vi que não é o lugar para se estar hoje, desejo melhoras ao Júlio- Fatinha saiu sem ouvir o questionamento do filho policial sobre o seu estado de saúde, foi embora frustrada com a atitude de Tubarão, o que fez com que o filho se sentisse muito envergonhado.

QUERIDO BABÁ (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora