DESENTENDIMENTOS

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Por incrível que pareça aquele primeiro dia dezembro marcava o melhor momento de Benício e Allan desde o início do relacionamento. Por mais que Ben tivesse a certeza de que não amava o caçula dos Falconi como acreditava amar o policial, ele havia se permitido de fato viver aquele momento junto ao brutamontes.

E como estavam vivendo.

Os dois agora não se desgrudavam, na vida e na cama, transavam com uma frequência impressionante, como se estivessem em plena lua de mel. Era uma profusão de situações envolvidas que faziam daquele sexo algo mais que perfeito.

Foi justamente ali, na cama de Allan que Ben despertou naquela manhã, preso numa conchinha deliciosa com o grandalhão.

- Olha só quem acordou, a minha bela adormecida favorita.
- E que milagre é esse você estar acordado antes de mim?
- Acordei tem uma hora, tô desde então vendo como você é lindo rapaz.
- Sério? Esse seu romantismo me assusta.

Allan acabou rindo da situação.

- Sendo sincero acordei com um tesão da porra, não queria meter em você dormindo, estava esperando você acordar pra ver se entrava no clima. A fera doída pra traçar a bela adormecida.
- Acho que está fazendo confusões nas histórias, a bela que a fera acaba pegando não é a adormecida, é outra.
- Sei, mas eu sou uma fera mais safada, como a bela, a bela adormecida, a branca de neve, e se os anões toparem, como eles também.
- Palhaço, você não enjoa de mim não?
- Você já se enjoou de mim?
- Não, muito pelo contrário, e quer saber? Também estou excitado Ferão. Muito excitado- Ben falou isso se empinando na direção do outro.
- Filho da puta, isso é tão gostoso sabia? Fico com vontade de acabar contigo, de te dar rola até pedir arrego, mas sei que não aguenta o tranco.
- Ah não, pois eu acho que é você que sabe até onde consegue dar conta. Ficaria feio pra um muleque tão jovem e cheio de saúde morrer no meio do caminho né?

Allan puxou Benício para um beijo, nenhum dos dois se importou com o hálito de ambos.

- Sabia que eu amo quando você me provoca? Amo ver você mostrando esse putão que é. Essa cara de bonzinho engana muita gente, mas dentro de quatro paredes só eu sei do que você é capaz.
- Só você é? Olha que está se garantindo muito.
- Só eu, porque esse cu aqui é só meu- Allan falou isso pincelando a entradinha de Benício com o seu pênis.

Ben se levantou e foi para o outro lado da cama de Allan cruzando as pernas e depois a abrindo deixando o caminho entreaberto, lambeu a ponta de dois dedos e encaixou no seu ânus.

- Só seu?

Allan foi ao delírio com aquela imagem, se ajoelhou na cama e puxou Ben pelas pernas. Puxou de uma só vez fazendo o babá subir no seu colo, em seguida o levantou pelos braços até que a boca do namorado estava ali junto a sua. E metade do seu pau já entrando vigoroso naquela raba. Na maioria das vezes eram muito discretos no som que emitiam quando estavam na casa de Fatinha, mas nesse dia em especial era a cama que gemia com aquela movimentação. Era uma foda forte, pegada, cheia de dedos, beijos e lambidas.

Foram surpreendidos com uma batida na porta, Ben se desesperou tentando lembrar se tinha trancado a porta.

- O que foi dona Fatinha? - Allan perguntou tentando controlar a respiração.
- Tô indo no mercado, preciso fazer as compras de mês e da ceia de natal.
- Tá- Falou com certa dificuldade, Ben havia voltado a sentar no seu membro, fazia devagar engolindo cada centímetro por vez.
- Tá é o caralho Allan, preciso que saíam desse quarto e que me leve lá.
- Tô indo coroa, deixa eu só acordar o Roceiro aqui- Falou já ficando estressado.
- Sei, dez minutos, tô te esperando na sala
- É o suficiente, valeu.
- Pra quebrar o estrado da cama né? - Fatinha falou isso rindo se dirigindo a sala

QUERIDO BABÁ (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora