JOGO DE CAMA

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- Eu preciso de uma trégua combatente.

- Mesmo? Mas já? Mas já tá enjoado tão rápido assim.

O policial ficou decepcionado ao escutar aquilo de Benício, não que o babá também não o quisesse, muito pelo contrário, para Ben era difícil até ficar perto de Alex e não querer senti-lo, contudo, o corpo já demonstrava sinais de cansaço, após as últimas intensas vinte e quatro horas.

Alex acabou acatando o pedido do jovem, decidiram então descansar juntos na sala, num sofá marrom de couro. O policial atrás de Benício, o envolvendo em seus braços.

- Alex eu preciso mesmo dessa trégua- O babá falou rindo ao sentir o pênis do policial crescendo lentamente na sua retaguarda.
- Mas eu não tô fazendo nada Ben, tava quase caindo no sono até.
- Você pode até estar com sono, mas aparentemente tem alguém muito acordado aí.
- Ah cara, não é por maldade, é pelo contato, das peles, mas pode deixar que eu vou ficar na minha seu fracote.

Foram necessários apenas cinco minutos até que Ben fosse novamente atacado por Alex. O policial não conseguiu controlar a ereção e passou ensaiar uma penetração no babá.

- Alex, ou você se controla agora, ou vou ter que colocar uma roupa. Um jeans bem apertado- A fala de Benício acabou ouriçando ainda mais o homem, que respondeu ao pedido do babá, com uma mordida em seu pescoço.
- Pois eu vou ter um prazer enorme, em fazer um furinho no seu jeans e brincar muito contigo.
- É sério, ou você se acalma, ou então vou ter que fazer alguma coisa pra te controlar.
- A primeira coisa que você deveria fazer pra me controlar é calar a boca, quanto mais você me ameaça, mais me instiga.

Ben então surpreendeu o policial se revirando todo até que ficasse deitado atrás do homem.

- Qual foi Ben? Assim não tem graça. Do outro jeito estava melhor, volta.
- Não senhor, agora fica quieto, ou vou ter que te dar um cartão vermelho.
- Justo, vou me comportar, mas é estranho tá assim contigo sabe.
- Estranho como? Do tipo ruim? - Perguntou Benício confuso.
- Não seu bobo, do tipo surpreendente. Eu já sabia desde sempre que te desejava, mas o contato das nossas peles assim me deixa perturbado. Eu não sou nenhum tarado, eu gosto de sexo como um cara qualquer, mas eu confesso que mesmo depois desse início frenético que tivemos eu não consigo tirar a vontade de ter você da minha cabeça. É sério, eu hoje fui caçar o que fazer logo cedo, porque assim que levantei pra dar uma mijada e te vi assim, pelado, lisinho na minha cama, minha vontade foi de entrar todo em você, te bagunçar muleque. Aí fui trabalhar na limpeza do jardim com o Damião, toda hora que lembrava do seu cheiro eu ficava com- o policial travou.
- Ficava como Alex? Diz
- Daquele jeito, babando.
- Isso é excitante sabia?
- Sei sim, e imagino que pra você não seja fácil também resistir os encantos de um homem tão sedutor quanto eu.
- Olha ele, todo convencido.
- Só digo verdades, você disfarça muito mal, lembro a primeira vez que você me viu de sunga aqui nessa casa mesmo. Eu quase fui colocar outra roupa de vergonha. Parecia que ia me devorar.
- Vai se fuder, você é um idiota convencido.
- E você é lindão, e tem sido muito massa esse tempo nosso, muito mesmo, se eu pudesse jamais soltaria de você, tem válido muito a pena cada segundo, a minha confissão tardou, eu quase te perdi, mas as coisas parecem agora estar caminhando ao seu devido lugar.
- Eu espero que isso aconteça- Ben falou isso beijando a cabeça de Alex, e o abraçando com força.

No restante da tarde os dois ficaram ali jogados num sofá, o policial conseguiu se controlar e acabou pegando no sono. Ben seguiu o mesmo caminho, a visão dos dois pelados sobre o sofá era linda. Ben tinha a coxa esquerda repousando sob o corpo de Alex, ficou assim durante todo o tempo, não porque quisesse, mas porque o policial a segurava enquanto dormia, como se fosse um lençol, um edredom ou um cobertor.

QUERIDO BABÁ (ROMANCE GAY)Onde histórias criam vida. Descubra agora