Aurélio leva Marlene para um restaurante chique

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Aurélio e Marlene jantam juntos num restaurante chique da zona Sul.

- Você lembra quando eu comecei a gostar da minha ex esposa? Você foi o cupido.

- Eu lembro, e cá pra nós, eu sempre fui péssima cupido.

Os dois caem na gargalhada.

- erdade, você levava os recados todo pela metade, tudo enrolado, ela acabava não entendendo nada.

- Eu nunca fui boa nessas coisas! 

- Época boa! Diz Aurélio.

- E a Dona Odete? O senhor já conversou com ela sobre seus sentimentos? Eu me lembro que o senhor era apaixonado por ela.

- Não! E não me chame de senhor! Acho que ela não quer mais se envolver com ninguém. Ela se fechou pro amor depois que morreu o esposo dela.

- Triste, né?

- Triste pra gente, mas pra ela tá tudo bem. E você Lene, porque nunca casou?

- Ah não sei. Trabalhei tanto que não vi o tempo passar. Só quis me dedicar ao trabalho e as meninas.

- Mas não é tarde pra amar. Você ainda é nova.

- Os homens da minha idade, só querem garotinha.

- Nem todos! Eu gosto da Odete que é bem madura. Se ela quiser algo sério comigo, eu largo tudo pra ficar com ela.

- Que lindo! Queria eu, ter um homem assim que me ame independente da minha idade.

- Vai aparecer. Conforta Aurélio a amiga.

- Nem se for quando eu tiver 90?

- É, e porque não?

Os dois riem.

- A Regina, minha ex esposa tinha ciúmes de você. 

- De mim? Mas porque?

- Ela dizia que você era caidinha por mim.

Marlene se engasga.

- Eu apaixonada pelo o senhor?

- Coisas de mulher! Eu sei que você sempre gostou de mim como amigo, mas ela insistia em dizer que não, que era amor.

- Coisas de mulher ciúmenta, né Aurélio? Diz Marlene desconsertada.

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