A pedido de Helena Rodrigo vai a delegacia falar com Luciana

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Rodrigo resolve ir a delegacia enfrentar Luciana cara a cara. O delegado conversa com ele, antes dele entrar na sala onde Luciana está.

- Eu não permito visita a noite, mas como o senhor disse que é pra fugir da imprensa, eu vou dar essa colher de chá. Porque eu também quero distância da imprensa aqui. Vamos que ela já tá na sala te esperando.

- O senhor falou que era eu, delegado?

- Não, falei só que tinha uma visita.

Rodrigo vai até a sala e Luciana está de costas, ela está sentada na cadeira com a cabeça baixa na mesa. Ele entra e fecha a porta. Ele vai andando devagarinho e pára em pé na frente da mesa e de frente pra ela. Ela levanta a cabeça e vê o Rodrigo. Ela chora.

- Rodrigo, meu amor! Eu sabia que você viria me ver. Eu sei que você sabe que eu te amo. E eu sinto que você também me ama.

Ela levanta e encosta a mão no braço dele.

- Tira essas mãos imundas de mim.

Ela tira a mão e se afasta dele.

- Isso, se afasta mesmo, pois eu nem sei o que sou capaz de fazer se você chegar perto novamente.

- Rodrigo, você tem mil motivos pra estar chateado comigo.

- Chateado? Sua impostora, eu não to chateado com você. Eu tô com nojo, eu tô com ódio. Você não pensou na sua irmã? A Lucy, aquela menina gentil, cheia de amor, meiga, humilde, querida por todos. Ela tinha acabado de morrer e o que você fez? Tomou o lugar dela, enganando a mim, minha família e traindo a memória dela. Que tipo de monstro que é você?

Luciana abaixa a cabeça e chora.

- Se fosse fora do Brasil, você merecia prisão perpétua, perpétua não, você merecia cadeira elétrica. Por ser tão maquiavélica, cruel, insensível, asquerosa, nojenta, suja, muito suja. Eu tenho nojo de você, da tua voz, do teu cheiro, do teu olhar, do teu sorriso, do..

Luciana grita!

- Chega! 

Ela senta novamente.

- Chega! Eu não aguento mais. Não aguento, Rodrigo. Eu só peço teu perdão pra eu viver em paz.

- Pois bem, eu te perdoo com uma condição.

- Diz, diz que eu faço.

- Que nunca mais na sua vida, você e nem ninguém da sua família atravesse o meu caminho e da minha família. Quando você for solta, você não passe nem na calçada de Ipanema. Nunca mais me ligue, e nem fale que conheceu a Família Mendes. É só esse meu pedido.

- Ok, eu farei o que você quiser.

- Então, pode ir em paz pra prisão e quando chegar seu julgamento, pode confessar teus crimes tranquila, porque eu te perdoo. 

- Rodrigo, eu não matei o João. Eu juro pra você.

- E você acha que quem acredita nisso?

Rodrigo vai andando pra sair da sala.

- Eu te amo Rodrigo.

Ele vira pra ela que ainda está sentada na cadeira debruçada sobre a mesa.

- Espero que um dia você realmente saiba o que é o amor.

Ela levanta.

- Eu posso ter sido falsa, gananciosa, suja, nojenta, tudo que você falou. Mas essa mulher podre, se apaixonou pelo homem mais incrível que ela conheceu. Acredite você ou não. Você é e será pra sempre o amor da minha vida.

Rodrigo dá as costas e vai embora. Luciana chora e ele entra no carro e chora também.

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