Célio alerta Rodrigo sobre o caráter duvidoso de "Lucy"

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Rodrigo está na imobiliária trabalhando lendo alguns papéis no seu escritório.  Ele estranha que a imobiliária não vende nada há uma semana, só aluga.  Lucy chega no seu escritório.

- Oi amor, veio me fazer uma visitinha?

- Oi, já fui no banco e abri a conta. O gerente me recebeu muito bem. Conta animada!

- O dinheiro que eu pedi pra depositar na sua conta foi liberado.

- Eu sei. Comprei uns três vestidos pra receber sua vó.  Tem algum problema?

- Claro que não. Quero você bem bonita pra minha vó ver que mulher linda que eu casei. Falar em casamento, eu queria aproveitar a festa de chegada dela e anunciar nosso casamento.

- Nosso casamento? Mas nós já somos casados. Se assusta Lucy.

- Sim, mas eu quero casar com você novamente, já que não lembro mais do casamento. Você aceita casar comigo de novo?

- Claro que aceito.

- Então, na festa da minha vó, nós vamos anunciar a todos.

- E você, conseguiu lembrar alguma coisa mexendo aqui no seu escritório?

- Não, mas pelo que vi anda acontecendo alguma coisa estranha.

- Porque? Lucy quer saber.

- Tem uma semana que não vende nenhum apartamento e nenhuma casa, só sai aluguel. Pelo que me informaram, as vendas são ótimas. E de repente, parou.

- Estranho.

- Depois vou conversar com o Célio. E o André, tá conseguindo ajeitar as coisas lá em casa?

- Não sei, eu sai logo depois que vocês foram conversar. Mas já to indo pra ver como estão as coisas. Responde Lucy.

- Dá um beijinho aqui. Diz Rodrigo.

Rodrigo se levanta e beija a Lucy. Célio entra.

- Opa! Não sabia que tava tendo um só love aqui dentro. Brinca Célio.

Lucy nem dá confiança para Célio.

- Eu já vou meu amor.

- Fica, eu volto depois. Célio fingindo ser gentil.

- Não Célio, fica aqui, quero falar contigo. A Lucy já está de saída.

Lucy sai, e Célio fica olhando pra ela de cara feia.

- O que houve primo? 

- Primeiro qual o seu problema com minha esposa? Eu já vi que você não simpatiza com ela. Pergunta Rodrigo categórico, por ter visto Célio olhando de cara feia pra Lucy.

- Eu? Eu não primo. Disfarça Célio.

- Célio, eu não sou trouxa! Eu to com amnésia, mas não sou tonto.

- Bom, já que você quer tanto saber, eu acho que a Lucy não te ama e casou com você por interesse.

- Mas isso não seria algo que eu teria que pensar?

- Sim, claro primo. Só que eu acho isso. Como você me perguntou, eu tive que falar.

- Mas eu não quero que você pense assim e nem fique olhando pra ela com olhar de desprezo.

- Primo, fica alerta com essa mulher. E esse amiguinho dela? Tá na cara que ele é afinzão dela. Foram criados juntinhos, não sei não. Ele olha pra ela de um jeito! Célio tenta colocar dúvidas no Rodrigo.

- Célio, da minha esposa quem toma conta sou eu e não você com suas alucinações. Espero que a partir de hoje você comece a tomar conta da sua vida, senão serei obrigado a mandar você alugar um apartamento pra você e sua família.

- Ok, desculpa. Eu não falo mais nada.

- Que bom. Agora vamos falar de trabalho. Porque não tem nenhum registro de vendas nesse mês? Somente aluguel.

- Ué Rodrigo, a crise veio pra todo mundo, tanto ricos como pobres. As pessoas pararam de comprar coisas muito caras. Célio dá uma desculpa.

- Sei. Eu quero o relatório de todos os imóveis que estão a venda de dois meses pra cá. E todos que foram vendidos nos últimos seis meses.

- Você está desconfiando de mim, Rodrigo?

- Não, mas eu preciso estar a par de tudo que acontece. Eu to errado?

- Não, mas você nunca fez isso.

- Há sempre uma primeira vez. Responde Rodrigo.

- Ok, eu vou sentar com a secretária e ver tudo isso, ainda hoje. Célio responde meio temeroso.

- Obrigado.

- Agora vou almoçar. Mais tarde eu vejo isso.

Célio sai da sala do Rodrigo e pensa:

- Esse cara tá muito desconfiado e isso deve ser coisa dessa mulherzinha dele. Eu preciso me livrar dessa mulher!

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