A Impostora

Luciana sai da cadeia e vai morar num Ap em Ipanema

Um mês se passa e o Advogado Evaristo consegue que Luciana aguarde o julgamento em casa. Walmor e Evaristo esperam ela do lado de fora. Luciana sai e abraça o pai.

- Pai!! Pai, eu to livre!

- Minha filha que saudades!

Eles ficam abraçados. Depois Luciana abraça o advogado.

- Luciana sua liberdade será até o julgamento, mas eu creio que você será absolvida.

- Eu sei. Mas ficar um mês aí dentro parecia uma eternidade.

- Só tem um problema, você não vai poder voltar pra Rio das Ostras.

- Como assim? Walmor pergunta ao advogado

- O juiz disse que você não pode sair da capital. Então aluguei um apartamento pra você aqui em Ipanema.

- Aqui eu não posso ficar, vou acabar me encontrando com a família Mendes. Não por mim, mas por eles que não querem me ver.

- E outra, nós não temos condições de pagar um ap aqui é caro.

- O Duque vendeu sua parte nos negócios e pediu pra eu depositar na sua conta.

- Nâo, eu não quero. Dá o dinheiro pra família do Rodrigo.

- A dona Helena disse que o dinheiro é seu. É um dinheiro bom, vai dar pra você viver bem. Vamos?

- Vamos.

Luciana, Walmor e Evaristo chegam no apartamento onde Luciana vai morar.

- O senhor ainda não conseguiu provas pra livrar a minha filha do julgamento?

- Ainda não. Mas ela não vai ser condenada. Confiem em mim.

- Quanto foi a multa pra eu me livrar desse crime de falsa identidade?

- Cinco mil.

- Uau! O senhor pegou da minha conta?

- Peguei. Mas nada de formalidades. Senhor não, me chama de você.

- Desculpa, tem hora que eu me esqueço. E minha vó, pai?

- Ligaram ontem, ela e Jussara não querem outra vida. 

- Quando elas voltam?

- Semana que vem.

- Inclusive o dinheiro que o Duque te deu que faz parte dos negócios de vocês, deu pra segurar as duas lá fora mais tempo. 

- Verdade, mamãe operou e tem que ficar de repouso um mês.

- Ela sabe o que está acontecendo?

- Não, eu não tive coragem de contar.

- É melhor contar quando ela chegar. E o Rodrigo, você tem visto, Evaristo?

- Eu estive com ele sim, quando fui falar com dona Helena.

- Ele pergunta por mim?

- Não, e quando vou falar algo sobre você, ele se retira. A dona Helena disse que ele proibiu pronunciarem seu nome na casa.

- Ele me odeia.

- E você ainda o ama né? Evaristo quer saber.

Luciana balança a cabeça que sim.

- Eu vou no mercadinho aqui perto comprar uns pães quentinhos.

Walmor sai.

- O jeito vai ser você tirar esse sentimento do coração, já que ele não quer te ver nem pintada de ouro.

- Eu sei disso. Evaristo, e sobre o meu pai? Ele pode ir preso?

- Por causa do depoimento da dona Helena, ele não vai preso. Ela disse que seu pai tinha contado pra ela sobre seu crime de falsa identidade. E ela que pediu pra ele não contar nada pro Rodrigo por causa da situação de saúde dele. O delegado abafou o caso, esse delegado respeita muito essa família. Mas no seu caso, a dona Odete depôs contra você, a Vanessa, Isabella e o Rodrigo. 

- O Rodrigo foi na delegacia?

- Foi. E disse que queria você presa o mais rápido possível. Só que agora quando souber que você saiu da cadeia, ele vai me odiar. Não só ele, mas a Odete, a filha, menos a Dona Helena.

- Verdade.

Evaristo segura a mão dela.

- Luciana, eu vou estar contigo em todos os momentos. Pode contar comigo, quando você quiser chorar, quiser sorrir, quiser desabafar, lembra que você tem mais que um advogado, você tem um amigo.

Ele beija a mão dela.

- Obrigada Evaristo.