Célio vê o filho machucado e finge espanto

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Célio vai no quarto do Ivan. Ivan ainda está dormindo.

- Filho, acorda, não vai pro curso hoje?

- Hoje não tem pai.

Célio finge que se assusta com a boca inchada do filho.

- O que foi isso meu filho? Que boca inchada!

- Eu fui assaltado ontem.

- Mas aonde?

- No final do morro.

- Ué, você não disse que lá é seguro? Vai dizer que roubaram teu carro?

- Não pai, levaram só dinheiro e meu celular.

- Tá vendo? Quando a gente fala que é pra você parar de ir pra esses lugares horrorosos, você não ouve.

- Pai, hoje eu vou subir o morro e vou falar com dona Benita, ela vai procurar os caras lá e eles vão procurar saber quem fez isso comigo. Os moradores de lá me respeitam. 

- Se eu fosse você não iria mais lá. É capaz deles quererem se vingar de você por ter dedurado eles.

- Pai, deixa eu dormir mais um pouco?

- Porque você não vai destrancar a faculdade?

- Eu vou a tarde. Beijos pai.

Célio olha bem pra boca inchada dele.

- Nossa! Que horror!

Célio sai do quarto do filho. Isabella acorda e vê a porta do quarto de Odete aberta e ela entra.

- Prima Odete? Não tem ninguém.

Ela abre o closet da Odete e vê um monte de roupas penduradas. Ela arrasta as roupas e vê o cofre dentro do closet. Ela vigia pra ver se não tem ninguém. Ela mexe no bolso de um blase que tá pendurado. Acha um papel com letras e números. Ela digita no cofre e ele abre. Ela vê muita jóias.

- Meu Deus!

Ela fecha correndo e coloca as roupas no lugar. Célio entra de fininho sem ela ver. Ninguém vê os dois ali.

- Mas o que é isso hein, menina?

Isa vira assustada.

- Droga pai! Quer me matar?

- O que você tá fazendo aqui?

- Nada, eu só tava olhando as roupas da prima.

Célio separa as roupas e vê o cofre.

- Vendo as roupas! Sei...

- Tá, eu vim ver o cofre sim, mas não tenho a senha.

- Sei, bom, já que não sabe a senha não me interessa ficar aqui. Fui.

Célio vai embora, Isa vai ver se ele foi mesmo, corre abre o cofre e pega uma jóia, fecha tudo, guarda a senha e vai embora.

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