Virada [EM REVISÃO]

Virada - Capítulo 87

Micael encontrou Sophia sentada olhando o mar, ela estava ao lado do museu do amanhã, tinha as mãos na barriga e os olhos estavam vermelhos, quando ele se sentou ao seu lado, ela rapidamente fungou e secou o rosto antes de encara-lo. 

- Como foi que você me encontrou aqui? - Ela tentou fazer voz de brava, mas por conta do choro, sua voz falhou. 

- Bom, eu fui a sua casa e sua mãe me disse que você não tinha chegado, então lembrei que você vem sempre aqui e cá estou. - Ela apenas suspirou e ficou em silencio, não sabia o que falar. - Você não devia ficar sentada aqui sozinha com o Thiago solto por aí. - Foi Micael quem quebrou o silêncio e Sophia negou com a cabeça varias vezes. 

- Eu não estou nem ai pro Thiago. - Deu de ombros. - E eu sinceramente não acho que ele está perdendo o tempo dele me vigiando pra me atacar sorrateiramente. 

- Nunca se sabe. - Sorriu de lado, mas a mulher apenas deu de ombros. Mais tempo de silencio indesejado se passou até que novamente Micael quebrasse o silencio. - Me desculpa pelo que eu fiz hoje. - Começou a falar, mas Sophia arregalou os olhos assustada. 

- O que você fez hoje? - Lagrimas compulsivas saiam de seus olhos e isso deixou Micael preocupado. - O que você fez hoje. - Segurou na gola da camisa social de Micael e o chacoalhou. - Você ficou com aquela desmilinguida não é? Eu sabia. 

- Você está ficando realmente doida. - Segurou suas mãos e soltou um sorrisinho. - Eu não trairia você nem se a Megan Fox brotasse na minha frente. 

- Nossa, q romantico. - Puxou as mãos e novamente secou o rosto. - Se você não ficou com aquela escrota dentro do carro, por demoraram tanto pra sair. 

- A gente estava conversando. - Deu de ombros. - Eu não sinto nada além de amizade pela Duda... 

- Eduarda. - Interrompeu Micael. - O nome dela é Eduarda. 

- Eu não sinto nada além de amizade pela EDUARDA. - Deu ênfase no nome. - Eu pedi desculpa por ter ido tomar café com ela. 

- Por que está me pedindo desculpas por isso, que bicho te mordeu? - Franziu a testa. 

- A idiota da Vanessa falou algumas coisas com sentido enquanto eu estava lá, mas é logico que eu não dei meu braço a torcer e sai sem dar razão a ela. - Sophia finalmente sorriu. - A questão é que eu te amo e eu deveria me pôr no seu lugar, se você não se sente confortavel com a Duda, eu vou maneirar.

- Você vai? - E já estava chorando de novo. 

- Vou, eu não vou prometer me afastar, até porque eu acho ela gente boa demais. - Sophia rolou os olhos. - Mas eu não vou ficar de lanchinhos por ai com ela. Tudo bem? - Ela balançou a cabeça. - Em resposta a isso, eu quero que você seja mais relevante também. Eu não aguento mais brigar com você todo dia, isso faz mal pra mim, pra você, pra Júlia e para o bebê que nem nasceu e já passa por todo esse estresse. 

- Eu sei disso, eu prometo tentar controlar esses meus hormonios enfurecidos. - Suspirou. - Eu estava com tanto medo de perder você! - Se achegou e abraçou Micael. - Eu achei que... 

- Shhhh - Deu um beijo em sua cabeça. - Você não vai me perder, eu já disse que amo você mais que tudo! Nossa familia é o que importa pra mim. 

- Eu também te amo. - E eles se beijaram, aquele beijo tinha tanto significado para os dois, um beijo de tregua, de amor...

- Temos que ir para casa. - Sophia falou quando olhou para o céu e notou que já estava completamente escuro. Tinham ficado ali sentados por quase duas horas. - Já passa das oito horas, tenho uma filha pra pôr na cama. 

- Vamos sim, meu carro está na sua casa, tenho que ir lá mesmo. - Deu de ombros. 

- O que o seu carro está fazendo na minha casa? - Perguntou curiosa, mas depois lembro que ele tinha ido lá atrás dela. - Esquece, já lembrei. 

- Fujona. - Ela mandou língua pra ele. Os dois voltaram para o apartamento de mãos dadas e mais uma vez surpreenderam as pessoas na sala. Branca revirou os olhos quando os viu. 

- A velocidade na qual vocês brigam e fazem as pazes sempre me espanta. - Comentou séria, mas logo em seguida acabou rindo. 

- A gente prometeu conversar agora, mãe. - Sorriu. - Vai tudo dar certo, ainda mais na casa nova. 

- E vocês se mudam quando? - Jhenny perguntou curiosa. 

- Essa semana. - Sorriram um para o outro. - Final de semana a gente já vai. 

- Que ótimo, vocês serão muito felizes lá. 

- Nós seremos sim, sogra. 

- Onde está a minha filha? - Sophia olhou ao redor da sala e só encontrou a mãe e a irmã. - Ela não deveria estar aqui com vocês? 

- A sua filha está no quarto dela, super amuada. - Branca disse sem muito saber. - Eu já falei com ela, Jhenifer já tentou, mas a menina não fala. As vezes me surpreendo com a idade dessa menina, ela parece ser muito mais velha pelas coisas que faz. 

- Ela não parece nada, mãe. - Sophia brigou. - Eu vou falar com a minha filha. - Encarou Micael. - Me espera no quarto? 

- Não acha melhor eu ir embora? - Perguntou sem graça olhando a cunhada e a sogra. 

- Não precisa ficar sem graça, Micael. - Branca sorriu. - Você quase mora aqui, nós já sabemos. E também, você já engravidou ela, não tem mais o que fazer. 

- Que engraçadinha, mãe. - Fez uma careta. - Vamos amor. - Segurou a mão de Micael e os dois subiram as escadas, mas Sophia foi para o quarto da filha ver o que estava acontecendo com a sua menina.