- Bom dia, familia. - Sophia chegou á mesa do café da manhã completamente empolgada. Micael a seguia com um sorriso. Ela deu um beijo na cabeça da filha, que mais uma vez estava pronta para a escola.
- Ih, já vi que a noite foi boa. - Jhenny cochichou para a mãe, mas eles conseguiram ouvir. Soph pegou uma bisnaguinha e arremessou na irmã. - Aii, maluca.
- Me respeita, guria! - Falou rindo, pegando outra e passando requeijão. - Eu estou feliz hoje, acordei bem, meu bebê está se remexendo que nem louco hoje, acho que ele está feliz também. - Micael colocou a mão na barriga da namorada e sentiu o bebê mexer. A barriga de Sophia não estava mais tão reta, ela já estava entrando no quinto mês.
- Será que vamos descobrir o sexo desse bebê hoje? - Branca falou com um sorriso. - Certeza que é outra menina.
- Eu também acho que é. - Micael deu de ombros e surpreendeu Sophia.
- Eu achava que você queria menino! - Sorriu. - Nas outras consultas que nós fomos, foi isso que você deu a entender.
- Na verdade eu não tenho tanta preferência assim, eu vou ama-lo de qualquer forma. - Sophia apertou seu queixo e logo em seguida lhe deu um selinho.
- É o namorado mais fofo que eu já tive. - Voltou a se concentrar no café da manhã. - Estou faminta hoje.
- Deve ter gastado todas as energias de madrugada, ai acorda assim. - Branca sussurrou e imediatamente as bochechas de Sophia coraram.
- E como gastamos, sogra. - Ele comentou deixando Sophia ainda mais constrangida enquanto todos riam dela. - Ai! - Exclamou após levar um beliscão de leve. - Não se pode nem falar a verdade.
- Deixa de ser engraçadinho! - Balançou a cabeça. - E eu acho melhor a gente ir, porque temos que deixar a Júlia na escola e depois vamos ver o nosso bebê. - Alisou a barriga com um sorriso imenso. - Estou tão empolgada.
- Vamos! - Enfiou um pedaço de pão na boca. - Antes que você comece a brigar comigo.
- Eu não vou brigar com você! - Puxou sua gravata e lhe deu um beijo. - Nunca mais.
- Vocês estão ouvindo isso? - Micael olhou para a sogra e para a cunhada. - São testemunhas pra quando ela vier brigar comigo!
- Eu toda romântica e você ai. - Cruzou os braços. - Tão insensível.
- Relaxa, amor meu. - Roubou selinhos dela. - Eu estou só brincando. - Abraçou a mulher no final. De mãos dadas eles saíram de casa depois de se despedir dos familiares.
- Mamãe. - Júlia começou a falar já no carro. - Já pensou sobre eu não ir a festa de amanhã? - A mulher olhou para trás e segurou a mão da criança. Micael ao volante não disse nada. - Por favor, mamãe. Eu não quero as outras crianças me zoando porque eu não tenho um pai.
- Júlia, você tem pai. - Falou séria e a menina estava a ponto de chorar. - Você é só um bebê filha, não precisa ficar assim.
- Eu não sou mais um bebê, eu já vou fazer cinco anos. - Cruzou os braços e fez um bico. - E eu não quero ir para a escola amanhã.
- Mas você vai. - Sophia se irritou. - E isso já está decidido.
- Não está decidido porque eu não quero ir. - Respondeu Sophia que ficava cada vez mais irritada. - Eu odeio você.
- Ah, você me odeia? - Respirou fundo. - Isso não vai fazer com que não vá a escola. - Micael irritado com o bate boca dentro do carro, encostou no acostamento.
- As duas pra fora. - Abriu a porta e ajudou Júlia a sair do carro. Sophia deu a volta e logo estava na calçada. - Que cena ridícula foi essa dentro do carro? - Sua voz estava baixa e controlada. - Você não tem que discutir com a sua filha. - Apontou o dedo para Sophia, mas logo o mudou para a enteada. - E você não tem que responder sua mãe.
- Mas ela não entende. - Tentou falar, mas Micael ergueu um dedo e a criança ficou quieta.
- Você tem quatro anos, não tem que responder ninguém e muito menos dizer que odeia sua mãe. - Deu bronca e a menina assentiu. - E você não tem necessidade nenhuma de falar daquele jeito com ela. - Sophia mantinha os braços cruzados. - Você podia ter contado o que conversamos no quarto! Seria bem mais fácil. Sinceramente você parece uma criança as vezes.
- Eu queria fazer uma surpresa. - Apontou um dedo. - Micael você não pode falar assim comigo!
- Então não aja desse jeito. - Alternou olhares entre as duas. - Peçam desculpas.
- Micael... - Ele não respondeu e Sophia soltou um breve suspiro. - Me desculpa, filha. - Abaixou na altura da filha e tempo de receber as desculpas da menina. Micael sorriu.
- Muito melhor assim, a familia unida. - Abaixou para abraça-las. - Não quero mais ouvir você dizendo que odeia sua mãe. - Avisou a menina que assentiu. - Além disso, tem uma coisa que eu queria perguntar a você, Jú.
- Pra mim? - Arregalou os olhos.
- Sobre a sua festa de dia dos pais, você gostaria que eu fosse com você? - A menina levou algum tempo pra assimilar aquilo e então sorriu. - Quer?
- Ir no lugar do meu pai? - Por um segundo toda a confiança que ele tinha adquirido com o sorriso se esvaiu como água pelas mãos. - Eu vou ficar bem feliz se você estiver lá, tio!
- Ah, então é claro que eu vou. - Sorriu e abraçou a menina que tanto adorava. - Você sabia que eu amo tanto você quanto a sua mãe? - A menina negou. - É verdade, e eu faço qualquer coisa por vocês duas!
- Eu também amo você, tio. - Apertou ainda mais os bracinhos em volta do pescoço dele. - Você é muito legal. - Ganhou um beijo na bochecha e olhou para a namorada que assistia a cena com lagrimas nos olhos.
- Sabe, eu nunca me canso de ver essa nossa familia junta! - Comentou abraçando Micael e Júlia que estava em seu colo. - Eu amo tanto vocês!
- E a gente também te ama, mesmo sendo tão criança quanto a Jú de vez em quando!
- Para de graça! - Deu um tapinha em seu ombro, mas em seguida selou seus lábios com um beijo.
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Virada [EM REVISÃO]
RomanceQue o mundo dá voltas, todo mundo sabe. Mas você vai esperar que isso aconteça justo com você? Que todo o mal que foi feito com brincadeiras estupidas no ensino médio fosse atrapalhar a sua vida anos depois? Que fosse se apaixonar pela maior vitim...