A Rainha Dos Mares

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Sanin. Uma cidade bem pequena, portuária. Seus moradores tinham como ponto de encontro o porto, no qual, comercializavam seus produtos. Um lugar bem agitado comparado à cidade.

Além do porto, não tem nada de interessante. Só casas simples, vielas e mais casas.

Antigamente os moradores não temiam as estações, os anos, pois sabiam que o mar o sustentaria, mas depois que Sanin foi tomada por Nidon, tudo mudou.

Os soldados nidonianos ocuparam a cidade, trazendo suas leis e costumes, além é claro, de sempre lembrarem do respeito para com o rei daquelas terras.

Altas torres, duas na verdade, na entrada do porto, com longos tecidos trazendo o desenho de uma torre com um machado, simbolizando que o lugar agora pertencia aquele reino.

Os pescadores que entrassem em alto mar, seriam acompanhados por soldados nidonianos para que a lei fosse cumprida. Nenhum pescador poderia trazer a quantidade de peixes fora do que estava escrito em lei. Se alguém transgredisse a ordem, era penalizado severamente, ficando preso em um veleiro no meio do oceano.

Diferente de algumas cidades, Sanin era banhada por mistérios. Seus moradores tinham com sigo histórias de criaturas que habitavam as profundezas, dentre elas, um monstro marinho que guardava um tridente. Quem conseguisse o tridente, teria o monstro como submisso e controlaria todos os mares.

É certo que a fama se espalhou deixando a pequena cidade portuária na posse de Nidon.

Alguns soldados saiam para buscar a realidade dessa história a mandado do rei. Assim como também, alguns moradores da cidade se escondiam dos nidoniamos e aventuravam-se mar adentro tentando desvendar o mistério. Era uma corrida mortal. Nidon e Sanin. Dois ideais amarrados a uma crença lendária.

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O vendedor deu alguns peixes nas mãos de Lauren, de cabelos negros. Ela estava acompanha de sua irmã, Izzi. Mais nova que ela.

Lauren entregou ao vendedor algumas moedas, mas sua expressão não era de satisfação, não pelo dinheiro, mas pela maneira que eram tratados.

Ao sair da barraca do vendedor com sua irmã, presenciou a cena de um senhor sendo jogado ao chão por querer mais peixe, impedido pelo soldado nidoniano.

Lauren apertou a mão da irmã com força.

"Ai, está me machucando." - disse a menina com uma expressão de dor.

Lauren assustou-se.

"Desculpe-me." - disse ela soltando seus dedos.

Izzi levou sua mão para o peito envolvendo-a a outra. Lauren abaixou-se diante dela pegando sua mão e a beijando-a. Abraçou-a logo em seguida. Seus olhos telegrafaram o senhor recolhendo os peixes que o soldado jogara no chão. Uma lágrima escorreu.

"Desculpa." - disse Lauren.

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Os cabelos brancos sinalizavam a idade avançada de Helmir, o pai das irmãs. O suor em sua testa era aliviado pela brisa leve do mar que adentrava a janela. Suas mãos calejadas mostravam o homem trabalhador, por mais que a idade não o favorecia para isso.

O madeiramento do barco estava quase pronto, só faltavam alguns retoques. Por mais que a pesca não era a mesma, barcos não podiam faltar. O lucro dos peixes não sustentava mais.

Helmir trabalhou no barco a tarde inteira.

Lauren arrumou a mesa e todos se sentaram para comer. O ar fresco da noite envolvia-os em suas cadeiras. O jantar foi relativamente rápido, os peixes daquela tarde terminaram logo.

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