The Guardians

Quentes

A mesa estava cercada por alguns soldados. Dentre eles: Velfhus, o Líder dos Escarlate e ao seu lado, Bryan, a Força de Nidon.

Pequenas esculturas de mármores espalhavam-se sobre a mesa, juntamente com um mapa, no qual, mostrava-se o desenho da grande capital nidoniana.

Velfhus apontava com o dedo para algumas ruas e algumas casas. Outrora, deslizava os totens em áreas destacadas.

Bryan, às vezes, gesticulava. Em outros momentos, usava os totens que representavam os soldados do reino para melhor entendimento dos seus pensamentos.

Bert, o rei, a tudo observava sobre o alto trono. Poucas eram suas palavras de ordens. Assim como o movimentar dos seus dedos.

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A pessoa subiu os degraus de madeira. O corredor de luminárias à direita conduziu a figura encapuzada até a porta.

Abriu.

Janela, lareira, cama, mesinha de canto acompanhada com um espelho prateado de forma circular e um guarda-roupa de duas portas. O quarto era totalmente simples.

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Feixes de luz rasgavam o interior das densas nuvens. As mãos arrumaram ainda mais o capuz sobre a cabeça para que a fria brisa não revelasse sua face oculta.

Não demorou muito para que a figura encapuzada chagasse ao estabelecimento de dois andares em algum lugar das ruas nidonianas.

Pingos começaram a cair sobre aquele manto escuro. Os olhos ergueram e reconheceram a silhueta na janela, revelando uma pequena parte por de trás da fina cortina.

O senhor atrás do balcão observou o ser de capuz adentrar os seus aposentos. Os pés pararam a frente do balcão. Um sorriso simples foi expresso. O senhor apontou com a cabeça para a escadaria ao lado, deixando o homem da face oculta subir.

Os pés passaram pela escada rangendo alguns dos seus degraus e foram rapidamente até uma porta específica.

"Por que demorou tanto? " - questionou a voz feminina de costas e penteando seus cabelos negros sob o capuz com seus dedos, de frente a janela, onde os vidros eram molhados pela chuva fina.

"Ah, seu pai..." - fechando a porta e tirando o capuz. "Falando sobre maneiras de conter os rebeldes... Sabe como é." - dando alguns passos à frente.

"Sei, Bryan..." - passando ainda os dedos nas pontas dos fios. "Precisamos ter a defesa firme e um ataque preciso" - continuou ela.

"Sim, Keyla... Mas acho que não estamos aqui para falarmos sobre estratégias de guerra" - abraçando-a.

Keyla parou de mexer nos cabelos, soltando um leve sorriso de canto após sua pele arrepiar-se ao toque suave que sentira.

"Tem razão. Mas tenho uma missão para você"

"Que? " - Bryan parou e recuou alguns passos tentando entender. O rosto não disfarçou sua decepção.

"Uma missão de ataque" - continuou ela.

Keyla virou-se. Tirou o capuz e desfez o laço do manto que a envolvia, deixando-o cair sobre o chão.

Bryan sorriu.

"Ataque" - ordenou a Fênix

"Com prazer" - confirmou a Força de Nidon.

Bryan levantou-a. Keyla prendeu as pernas em sua cintura. Os lábios umedeciam-se entre um sorriso e outro.

A mesinha de canto transformou-se em assento para ela, enquanto seus corpos ficavam em atrito.

Minutos depois, keyla levou sua mão ao peito de Bryan e afastou-o até ele sentar-se sobre a cama. Aproximou-se lentamente. Colocou seu corpo sobre o dele. Tirou o manto que o cobria e abriu suas asas Vermelho-vinho.

"Minha vez" - disse com um sorriso.

A chuva no telhado ecoava sua sonoridade entre as ruas do reino, mas não conseguia silenciar os estalos da madeira na lareira, consumidas pelo fogo.