Capítulo 09.

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COROLLA.

Esquentei a cabeça a porra da semana inteira, ainda tive que sair daqui na terça feira pra ir tomar morro e como missão dada pra mim é missão cumprida, puxei bondão e tomei aquela porra.

Sem casa eu já não fico, né?

Pra terminar o papo reto, só vim chegar em casa hoje e pra relaxar era só colar no baile e ficar tranquilão.

É fácil ser bandido na sexta, quero ver ser mermo na segunda! Caí de frente do Complexo não foi à toa e nem porque o PH simpatiza com o meu par de olhos castanhos e a minha boca que particularmente, eu acho a mais linda do mundo.

Rosana: Tu vai pro baile, Guilherme? - perguntou brotando do nada.

Botei ela pra morar comigo porque era a irmã mais próxima da minha mãe, por ela ter ajudado minha mãe várias vezes e porque eu não gosto de ver bagulho errado.

Ela ficou sem ter pra onde ir porque a filha dela se juntou com o safado do pai dela, fizeram ela assinar uns papéis lá e no fim deram um golpe no salão da coroa, na casa e tudo o que ela tinha lá pro lado de Botafogo. Ainda botaram ela de maluca pra família toda, fiquei boladão e comprei o barulho dela.

Corolla: Vou tia, vou só procurar alguma parada pra comer e vou meter o pé. - falei indo pra cozinha.

Rosana: Então tu sobe pra tomar banho, eu faço uma jantinha rapidinho pra tu e depois vou lá passar tua camisa. - ela veio me acompanhando pra cozinha.

Corolla: Valeu, tia! - beijei a cabeça dela.

Subi, fui logo tirando minha roupa e jogando no cesto de roupa suja. Botei as pistola em cima da cama e fui direto pro banheiro e depois do meu banho tomado, quando saí do banheiro enrolado na toalha minha camisa já tava esticadinha em cima da cama.

Abri o guarda roupa, peguei uma calça preta jeans, uma cueca da CK e vesti. Eu sou chato pra caralho e não gostava de ir pra baile de bermuda, feião po. Calcei a meia e o tênis, joguei os cordão no pescoço, passei o Rexona e lancei o importado que eu não sabia nem pronunciar o nome, mas sabia que tinha gastado cinco mil só nele.

Rosana: Tá pronto lá, filho. - minha tia botou a cara no vão da porta.

Corolla: Tô descendo já, linda. - sorri pra ela e levantei da cama.

Ela me trata como filho mermo, tem um coração purão e se brincar é maior que esse mundo e te falar não entendo o porquê de ter passado por tanta decepção na vida.

Pra tu ver que filho da puta sai de onde tu menos espera.

Deixei pra vestir a camisa por último, pareço criança comendo pô, chega dá raiva. Me sentei pra comer e dei graças a Deus que ela fez sopa, até porque pra beber eu precisava tá forte né, não?

Escovei os dente, vesti a camisa, borrifei perfume de novo, fiz minha oração mental, me despedi da minha tia e saí.

Nem deu pra anotar a placa do Corolla, carro bicho puxou bonde pesado, Complexo fábrica de bico...

Cumprimentei os parceiros na hora que eu cheguei no camarote, Falcão já tava no lugar dele de sempre com a patroa do lado, cumprimentei eles também e meu olho bateu em cima da Ayla que estava com a boca colada no canudo enchendo a cara.

DO JEITO QUE A VIDA QUER 3.Onde histórias criam vida. Descubra agora