Capítulo 11.

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BÁRBARA.

Maria Ísis: Gente, vocês viram a Ayla? - Ísis parou do meu lado com os olhos arregalados.

Bárbara: Ela não foi ficar com o carinha lá do bar? - olhei pra ela.

Maria Ísis: Não, o cara falou que foi procurar ela no estacionamento e ela não tava lá. - deu uma pausa - E a bolsa dela tá comigo. - mostrou.

Luíza: Ela deve tá com outro em qualquer beco desse.

Nós começou a procurar a maluca pelo baile, mas sabe quando você tem a sensação de que tá procurando o que não perdeu? Era eu.

Luíza: Que foi Babi? - ela parou do meu lado.

Bárbara: Sabe quem que eu não tô vendo aqui? - olhei pra ela e pra Maísa que estava andando na minha frente e virou pra me olhar.

Maísa: Quem? - falou olhando pros lados.

Bárbara: Corolla. - falei séria.

Maísa: Deve tá com alguma vagabunda, até parece que tu não conhece a peça. - falou subindo as escadas do camarote - Ayla odeia ele.

Bárbara: Odeia porra nenhuma, aquilo ali é tudo tesão reprimido! O pai não gostava da mãe, olha ali onde tão hoje. - apontei pros dois que estavam sentados e conversando aos risos.

Maísa: É diferente. - disse rindo.

Bárbara: Diferente nada, Ayla só tem marra e brabeza. - falei enchendo meu copo e virando longe das vistas do meu pai.

Minha mãe estava no colo do meu pai enquanto fofocava com a tia Gabi e a madrinha Bruna.

Luíza: Parece até você, cheia de marra. - falou apertando a minha cintura.

Bárbara: Tem que respeitar as netas da Imperatriz e do MK. - me gabei.

Eu tinha mais que uma amizade colorida com a Luíza a um tempinho e eu sempre achei ela muito gata.

Eu conheci ela na verdade numa ação comunitária que minha avó fez quando as chuvas castigaram vários moradores e o pessoal perdeu praticamente tudo que tinha. A tia da Luíza foi voluntária e chegou lá com ela.

Depois da prisão da minha vó, o bicho pegou pro lado do meu pai e a gente correu pro Paraguai e passou um tempo considerável lá. Foi lá que eu comecei a me envolver com garotas, mas era só beijo e nada mais.

Minha primeira vez rolou com um garoto, mas não curti não, muito soca fofo e falava demais. Já de volta pro Alemão que eu comecei a me aventurar e rolou com a Luíza que é assumida.

Sei lá, é uma parada diferente, até o toque é outro patamar e a gente se entende bem.

Falcão: Vocês tava onde? - perguntou pra gente todo sério.

Bárbara: Lá em baixo jogando a bunda pro alto na frente dos trafica. - respondi na cara de pau, só pra perturbar.

Falcão: Aí apanha, depois tá geral querendo me tontear. - negou com a cabeça - Tu tá ouvindo isso né, Patrícia?

DO JEITO QUE A VIDA QUER 3.Onde histórias criam vida. Descubra agora